|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Pequenas grifes se destacam no Fashion Rio
Sta. Ephigênia e Têca mostram coleções charmosas nos três primeiros dias do evento carioca para o verão 2009
Semana de moda tenta se restabelecer após a perda
de Colcci e Gisele Bündchen, que migraram para a
São Paulo Fashion Week
ALCINO LEITE NETO
VIVIAN WHITEMAN
ENVIADOS ESPECIAIS AO RIO
Com uma enfática campanha
na mídia que alardeia que "o
Rio é fashion", a cidade maravilhosa reage à sensação de esvaziamento do Fashion Rio, que
se espalhou depois da mudança
da grife de moda praia Blue
Man e da Colcci, que tem Gisele
Bündchen como estrela, para a
São Paulo Fashion Week.
Em termos de negócios, organização e exibição das coleções, a saída das grifes pouco altera o evento. Mas a moda não é
só isso, e o Fashion Rio tenta se
recuperar do baque midiático e
da lacuna de glamour.
Os fashionistas estavam de
olho na moda praia da Salinas,
com seu casting de supertops, e
no show da TNG, com Raica e
Reynaldo Gianecchini na passarela. Porém as melhores
idéias do verão 2009, até a terça-feira, foram propostas por
marcas de menor expressão comercial e marketing "low profile": Sta. Ephigênia e Têca.
O estilista Luciano Canale
fez o melhor desfile da Sta.
Ephigênia dos últimos anos.
Ele quebrou o estilo retrô e pedante da grife, acrescentando-lhe uma imagem mais atual e
fresca. Investiu sobretudo nos
longos, tudo com clima anos 70,
dos decotes estilos ciganinha às
estampas multicoloridas e vivas, muito acertadas.
Recuperada do seu desfile de
inverno, infantil e caricato, a
Têca acertou com uma coleção
leve e charmosa, que propõe
um verão folk com jeitinho caipira. A cartela de cores e a estamparia floral, muito delicada,
também deram certo.
Excesso
Problemas de direção e excesso de eventos de cena prejudicaram a apresentação da Mara Mac, comandada por Bia
Lessa, hoje uma mestra do
kitsch nas passarelas.
A entrada final, com as modelos carregando aquários e
peixes vivos, mais indignaram
os ecologicamente corretos do
que ajudaram a contar a história da coleção, que falava da
preservação da água.
No quesito moda, a Mara
Mac acertou nos longos de corte mais reto e nas peças esportivas de neoprene. Mas errou nas
estampas e silhuetas ovaladas.
A Salinas se inspirou na lenda das sereias para fazer um
desfile seguro, mas pouco inventivo. O recurso das escamas
de tecido, por exemplo, poderia
ter sido mais bem explorado. As
modelagens, apesar de previsíveis, devem contudo agradar à
consumidora da grife.
Embora continue melhorando o acabamento das roupas, a
TNG evitou arriscar, recorrendo a clichês do estilo navy. No
final da apresentação, uma
guerra de travesseiros infestou
de penas as primeiras filas do
público. Desfecho infeliz.
Texto Anterior: Frases Próximo Texto: Zoomp não vai a evento de moda em SP Índice
|