São Paulo, quarta-feira, 11 de julho de 2007

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Arquivo do Rock Brasileiro resgata pérolas no MIS

Projeto que envolve exposição, site, música e filmes abre hoje em SP; gravações foram recuperadas e digitalizadas

Mostra traz imagens dos protagonistas do rock nacional a partir dos anos 50, discos, revistas, livros e peças de colecionadores

DA REPORTAGEM LOCAL

Quando Nora Ney cantou, no inglês que lhe foi possível, o célebre "one, two, three o'clock, four o'clock, rock" que abre o clássico "Rock Around the Clock", estava lançada no Brasil, em 1955, a moda do rock.
É para registrar esse e outros marcos da história do "ritmo da juventude" no país que foi criado o projeto Arquivo do Rock Brasileiro, que abre hoje uma exposição no Museu da Imagem e do Som de São Paulo.
A mostra tem imagens históricas dos protagonistas do rock brasileiro a partir da década de 1950, feitas pelos fotógrafos Mário Luiz Thompson e Conceição Almeida e também retiradas do acervo do jornalista Antônio Aguillar.
Às imagens somam-se gravações dos primórdios do rock nacional, recuperadas pelo Instituto Moreira Salles, como a versão de Nora Ney mencionada acima e uma gravação de Cauby Peixoto para o que a mostra identifica como o primeiro rock composto no Brasil, "Rock n" Roll em Copacabana" feito por Miguel Gustavo e registrado em 1957.
Há ainda discos de vinil, livros, revistas, objetos dos músicos e peças de colecionadores, ajudando a construir um panorama das mudanças de comportamento da juventude urbana brasileira, a partir da segunda metade da década de 50.

Site e cinema
A exposição no MIS é apenas uma parte do ambicioso Arquivo do Rock Brasileiro, criado e mantido pela Associação Cultural Dynamite, com patrocínio da Petrobras, por meio da Lei Rouanet -foram captados cerca de R$ 190 mil.
Amparado também por um site (www.arquivodorock.com.br) que terá, até o fim deste mês, 600 gravações recuperadas e digitalizadas, o projeto tem curadoria do jornalista e pesquisador Ayrton Mugnaini Jr. e organização de André Cagni, da Dynamite.
"O objetivo principal é resgatar e mapear canções e artistas representativos do rock nacional, muitos deles esquecidos e jamais lançados em CD", diz Cagni em entrevista à Folha.
Simultaneamente à exposição -que deve ser levada a outras cidades-, o MIS também sediará, de 17 a 22 de julho, a mostra "Arquivo do Rock no Cinema Brasileiro".
Nela, serão exibidos curtas como "Essa Rua Tão Augusta" (1968), de Carlos Reichenbach, que mostra a via paulista em 1967, quando os jovens dançavam ao som do rock no Teatro Record, e "Tanta Estrela por Aí..." (1993), de Tadeu Knudsen, em que Rita Lee interpreta Raul Seixas numa história baseada em um caso real.

Shows
O evento é completado por uma série de shows, nos sábados entre 14/7 e 4/8, dos grupos Made in Brazil (14/7), The Jordans (21/7), do cantor Ricardo Soares (28/7) e da banda Violeta de Outono (4/8), sempre às 21h, com ingressos entre R$ 15 e R$ 10 (com meia-entrada). (MARCO AURÉLIO CANÔNICO)

EXPOSIÇÃO ARQUIVO DO ROCK BRASILEIRO


Quando: abertura hoje; ter. a dom., das 10h às 18h; até 5/8
Onde: Museu da Imagem e do Som (av. Europa, 158, São Paulo, tel. 0/xx/11/3062-9197)
Quanto: R$ 3 (meia-entrada, R$ 1,50); sáb.: grátis

ARQUIVO DO ROCK NO CINEMA BRASILEIRO


Quando: de 17 a 22/7, às 19h e 21h
Onde: auditório e sala multimídia do MIS
Quanto: auditório: R$ 8 (meia-entrada, R$ 4); sala: grátis



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