Mostra do Redescobrimento inicia "turnê" pelo país

FABIO CYPRIANO
FERNANDA CIRENZA
DA REPORTAGEM LOCAL

Quem não viu a Mostra do Redescobrimento em São Paulo, que terminou ontem, ainda terá a chance de vê-la em outros Estados do país.
A partir de 3 de outubro, tem início a itinerância nacional, que vai percorrer pelo menos cinco Estados brasileiros.
"Por enquanto fechamos com apenas cinco Estados, mas outros locais, como o Rio Grande do Sul, já demonstraram interesse", afirmou Helena Severo, coordenadora da itinerância nacional.
No dia 3 de outubro, a carta de Pero Vaz de Caminha chega ao Congresso Nacional, em Brasília, inaugurando a itinerância.
Logo em seguida, já no dia 5, é a vez de o Rio de Janeiro exibir o Cangaço, uma das partes do módulo Arte Popular, que será ampliado para a exibição carioca.
A partir de então, os principais museus do Rio irão abrigar outros módulos da mostra (veja quadro ao lado).
"O Estado do Rio de Janeiro é o maior parceiro público da mostra, pois desembolsou R$ 7,2 milhões para organizar a exposição", contou Severo.
A Associação Brasil 500 Anos, organizadora da itinerância, também desembolsou valor equivalente, segundo Severo.
Os mesmos cenógrafos que montaram os módulos em São Paulo estarão trabalhando no Rio. "O padrão de qualidade do que fizemos aqui será mantido no Rio", disse.
As exposições serão adequadas aos novos espaços. O módulo Arte Barroca, por exemplo, será reduzido, pois o espaço do Museu Nacional de Belas Artes, onde será montada a exposição, é bem inferior ao prédio da Bienal de São Paulo.
Ainda neste ano, terá início também a itinerância internacional, que vai levar a arte brasileira para o lado de cima do Equador. A parte que ocorreria em Buenos Aires, anunciada com pompa para este ano, foi adiada.
Com isso, a parte internacional começa no mês de outubro, na Fundação Calouste Gulbenkian, de Lisboa (Portugal), com os módulos Arqueologia e Arte Contemporânea.
As paradas mais importantes da itinerância ocorrem, sem dúvida, em Nova York, no Guggenheim, em Paris, no Jeu de Paume, e em Londres, no British Museum (veja quadro nesta página com as datas e programação completa).
Só para montar a exposição no Guggenheim, a Associação Brasil 500 Anos já desembolsou US$ 2 milhões e estará pagando mais US$ 800 mil nos próximos dias.


Texto Anterior: Carlos Fuentes escreve todo mês na Folha
Próximo Texto: Música: EUA lançam Supla com astros do hip rock
Índice