DA REPORTAGEM LOCAL

A 11ª edição da Bienal de Arquitetura de Veneza investe na experimentação, mas não deixa de lado algumas estrelas globalizadas da área.
Tendo como título "Out There: Architecture Beyond Building" (lá fora: arquitetura além da construção), coletivos e projetos conceituais são numerosos na exposição.
No entanto, há a presença de alguns medalhões: o canadense naturalizado norte-americano Frank Gehry, autor do Guggenheim Bilbao; a iraquiana radicada no Reino Unido Zaha Hadid; e a dupla suíça Herzog e De Meuron, responsável pelo estádio Ninho de Pássaro, principal projeto da Olimpíada de Pequim, e pela Tate Modern, em Londres. Todos eles já receberam o Pritzker, considerado o Nobel da arquitetura.
Aaron Betsky, diretor do Museu de Arte de Cincinnati, nos EUA, e crítico bastante ligado à arquitetura holandesa, assina a curadoria da exposição.
"Não podemos deixar as edificações virarem os túmulos da arquitetura", disse ele na sua apresentação do evento, defendendo a idéia de destacar novas mídias e modelos de exposição na Bienal, que segue até o dia 23 de novembro. O Leão de Ouro, principal prêmio da exposição, será dado no sábado a Gehry.
Além dos consagrados, alguns nomes são conhecidos do público brasileiro: os japoneses do Ateliê Bow Wow estiveram na mais recente Bienal de São Paulo, em 2006; os venezuelanos do Urban Think Tank e o coletivo austríaco feld72 foram atrações da 7ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, em 2007.

Concurso on-line
A Bienal de Veneza propôs um concurso internacional que parte de uma cidade imaginária, Every- ville, com uma série de problemas reais. Estudantes universitários tiveram de propor soluções que levassem em conta as relações urbanas e entre espaços públicos e privados. O melhor projeto -no total, foram inscritos 782, vindos de 48 países- também será conhecido no próximo sábado. (MG)


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