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POPLOAD
Strokes acham que não podem vencer; e Manchester é/está aqui
LÚCIO RIBEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL
A banda nova-iorquina Strokes, você já deve ter ouvido
falar dela de ano e meio para cá,
está ainda em plena turnê, graças
ao enorme "buzz" que foi gerado
pelo primeiro single e depois pelo
primeiro álbum do grupo, que até
brasileiro tem.
O jovem quinteto não consegue
parar para gravar o tal segundo
disco, aquele que bota em xeque a
carreira de qualquer grupo que
nasceu "para salvar o rock". Com
o Oasis, só para citar um, foi a
mesma coisa.
Os Strokes vivem aquele estágio, como bem disse um artigo do
"New York Times" do domingo
passado: a insuportável expectativa de justificar se vão mesmo
atravessar o momento de grande
status no underground para a absoluta fama pop, o tal "momento
máximo de glamour rock'n'roll",
estava no poderoso diário ianque.
Enquanto o disco dois não vem,
eles vão arriscando canções novas
feitas na estrada. Como essa "I
Can't Win", que já corre em disparada pela internet, desde que
foi extraída de show da banda em
Washington, da semana passada.
E, como as também novas "You
Talk Way Too Much" e "The Way
It Is", é de levar já quem ouve "I
Can't Win" até a loja de disco
mais próxima, para esperar o próximo disco, que só sairá no ano
que vem.
Manchester na Mostra
A Mostra Internacional de Cinema de SP, que começa na próxima
sexta para o público, confirma a
exibição do filme "24 Hour Party
People", que aqui vai chamar "A
Festa Nunca Termina".
É o documentário dramatizado
sobre a prolífica e magnânima cena musical de Manchester, do
pós-punk a Madchester.
Recompõe a movimentação
pop da cidade desde o Joy Division até Happy Mondays. O que
rolou nas ruas da cidade, na gravadora Factory e por entre as paredes do Haçienda, o famoso clube da cidade.
O filme passa logo por três vezes
no primeiro final de semana da
Mostra. Confira a programação e
não deixe de se informar sobre ingressos, porque nesse evento as
entradas somem rapidinho para
filmes badalados.
* sexta, 18:
Unibanco Arteplex 2, às 22h40
* sábado, 19:
Cinearte 1, às 22h20
* domingo, 20:
Espaço Unibanco 1, às 22h
Há uma cena no filme em que
Deus aparece para Tony Wilson,
o cara que fundou a Factory Records e agitou a cena de Manchester. Ele quer o perdão pelos pecados que havia cometido. O principal deles era de não ter contratado
os Smiths para a Factory.
lucio@uol.com.br
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