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SAIBA MAIS
Coreógrafa mudou a dança com estudo dos movimentos
CRÍTICA DA FOLHA
O mundo da dança foi definitivamente alterado pela visão
de Martha Graham (1894-1991), que continua sendo fonte de inspiração para bailarinos
e artistas da atualidade. Suas
teorias sobre o movimento e o
papel da dança foram centrais
no desenvolvimento dessa arte
moderna nos EUA.
Graham é reconhecida como
uma artista fundamental do século 20, ao lado de gênios renovadores como Picasso e Stravinsky. Teve muitos discípulos,
como Merce Cunningham e
Paul Taylor, que se tornaram
importantes coreógrafos.
Criou papéis para estrelas do
balé clássico como Margot
Fonteyn, Rudolf Nureyev e Mikhail Baryshnikov. Compôs
181 coreografias. Sistematizou
uma técnica de dança que foi
comparada ao balé clássico, em
seu escopo e magnitude.
Aluna da Denishawn School,
onde foi também assistente e
dançarina da companhia
(1916-23), aos poucos seu caminho se distanciou do grupo
fundado por Ruth Saint Denis e
Ted Shawn, dois pioneiros da
dança americana.
Graham, como ela própria
dizia, queria falar do ser humano em seu próprio contexto,
"tratar dos problemas atuais, a
vida hoje (...). A alma deste país
deve ser procurada em seu movimento (...). No corpo de um
bailarino devemos, como espectadores, tomar consciência
de nós mesmos".
Se a dança para ela continha
elementos ritualísticos, ela os
atualizou, trabalhando as pulsões e os segredos humanos.
Fundou sua própria companhia em 1926, num pequeno
estúdio em Manhattan.
Para desenvolver sua técnica,
estudou o movimento humano
a partir de contrações e relaxamento, princípios básicos em
sua dança. A partir disso, constituiu um vocabulário coreográfico que valoriza a atividade
emocional do corpo. A força do
gesto vem da força da emoção.
"A realidade da dança deve
atingir o seu foco -isto é, o reino dos valores humanos- por
meios simples, diretos e objetivos. (...) A dança não precisa
mudar: só precisa se revelar a
si", disse ela.
(IB)
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