São Paulo, quinta-feira, 11 de outubro de 2007

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Crítica

Longa rejeitado por Hawks marca início de uma era

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

A dúvida existe até hoje: por que Howard Hawks não assinou a direção de "O Monstro do Ártico" (TCM, 0h)? Afinal, todos que participaram do filme e comentaram o assunto atribuem a ele, e não a Christian Nyby, o essencial da direção (ensaios, relação com os atores, texto final etc.) e a autoria do filme.
Talvez porque fosse uma produção pequena. Mas aí ele se deu mal, porque a história do grupo de oficiais numa base do Ártico e às voltas com alienígenas violentos marcou o início de uma era (a dos filmes de ficção científica paranóicos).
Ou seria porque esse era um filme da Guerra Fria, em que os alienígenas eram, no fundo, os russos? Hawks era um conservador, embora menos que John Wayne, e o filme parece trazer um recado sobre o "perigo vermelho", embora seus encantos não fiquem por aí (o que o torna visível ainda hoje). O fato é que Nyby assinou o filme, mas ninguém nunca acreditou. Não resumiria esse final o desígnio secreto do escorregadio Hawks nessa história?


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