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CRÍTICA
Filme propõe pequena revolução
ALVARO MACHADO
especial para a Folha
"Eu quero ser diferente."
"Eu só quero ficar doidona."
"Daqui a 25 anos? Isso não
existe." Essas frases são ditas
por teens da pequena cidade
de Amal, na Suécia, personagens do filme "Fucking
Amal" (98). Eles procuram
afirmação individual numa
sociedade programada para
torná-los previsíveis e semelhantes entre si.
O filme entra em breve no
circuito brasileiro, com o título "Amigas de Colégio", e
abre hoje o Mix Brasil.
A escolha é perfeita, pelo
fato de a fita mostrar que assumir a homossexualidade
pode significar uma pequena revolução, num meio
ajustado para eternizar a
trindade "machismo-competição-consumo", sob a
qual a moçada disputa o celular e a(o) menina(o) mais
quente.
Perceber os lances da própria identidade, incluindo o
perfil sexual, não é coisa feita
sem riscos, conflitos e auto-observação, o que implica
em difíceis momentos de solidão, conta o roteirista e diretor estreante Lukas
Moodysson, 30.
O resultado é sincero como um diário adolescente
pontuado pela emoção da
descoberta. Resta desejar
longa vida ao diretor
Moodysson.
Avaliação:
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