São Paulo, sexta-feira, 11 de novembro de 2005

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ESTRÉIA

Série "Weeds" queima estereótipos e vicia

THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL

"Weeds" é a prova de que o conservadorismo e a mão pesada ainda não tomaram por completo a televisão norte-americana.
Porque "Weeds" (semente, na tradução) consegue ser engraçado, irônico e incisivo em sua crítica à hipocrisia na família média em uma trama cujo ponto de partida é a... maconha. Sem apelar, sem forçar estereótipos.
A série foi ao ar nos EUA neste ano e a segunda temporada já está em produção. Chega ao Brasil hoje, no canal GNT.
Neste primeiro episódio, ficamos conhecendo Nancy Botwin (Mary-Louise Parker -mais rechonchuda e charmosa do que de costume), uma dona-de-casa de trinta-e-poucos-quase-quarenta anos, viúva, que para conseguir criar os dois filhos começa a vender maconha para vizinhos e amigos. Seus dois filhos são um adolescente que passa o tempo com a nova namorada, tentando achar um lugar seguro para transar, e um garoto que gosta de assistir a um programa sobre caça de ursos.
Eles vivem na pequena e ensolarada Agrestic, na Califórnia, e os outro personagens vão aparecendo. Há Josh, jovem que compra maconha de Nancy para revender. Mas ela impõe algumas regras, entre elas: não vender para crianças. Ele, claro, não obedece.
Há a vizinha controladora, Celia Hodes, que não se conforma com uma das filhas, que é gordinha, e vigia a outra, namorada do filho de Nancy, por meio de câmeras escondidas em bichinhos de pelúcia. E ela desconfia que o marido está tendo um caso com a professora de tênis. Vemos também Doug, um quarentão que é cliente e amigo de Nancy.
E há Heylia James e sua família, que são os fornecedores de Nancy. Únicos personagens negros da série, são confidentes de Nancy e dão toque humorístico.
"Weeds" é seriado de entretenimento, não tem motivação educacional nem assume posição maniqueísta. É bom. E vicia.


Weeds
Quando:
hoje, às 23h45, no canal GNT


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