|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Black Eyed Peas traz seu rap pop às terras brasileiras
Após se apresentar em Porto Alegre para 12 mil pessoas, banda faz shows em São Paulo, Belo Horizonte e Brasília
Autor de hits como "Where's the Love", grupo é formado pelos MCs Will, Apl.De.Ap e Taboo e pela musa teen Fergie
ADRIANA KÜCHLER
DO GUIA DA FOLHA
Unir numa mesma gravação
James Brown, Michael Jackson, Prince e Quincy Jones. O
que pode parecer sonho para
muito produtor e fã de música é
projeto viável para Will.i.am, líder da fábrica de hits de rap pop
Black Eyed Peas. Ele já gravou
com Brown, fez uma jam na casa de Prince e acaba de ser convidado para participar do novo
álbum de Jackson. "Vou gravar
esse encontro em três meses.
Se eu não fizer, pode me bater
da próxima vez em que eu vier
ao Brasil."
A promessa foi feita à Folha
horas antes de a banda, formada pelos MCs Will, Apl.De.Ap,
Taboo e pela musa Fergie, se
apresentar em Porto Alegre para cerca de 12 mil teens e pós-teens. O show em São Paulo
acontece hoje, às 21h30, no
Anhembi. Na segunda visita ao
país (a primeira foi em 2004), a
banda ainda se apresenta em
Belo Horizonte (amanhã) e em
Brasília (dia 14). A turnê faz
parte do evento Planeta Terra,
que trouxe Jamiroquai em
março e Pearl Jam em 2005.
O Black Eyed Peas começou
em 1995 como um trio de hip
hop e lançou dois álbuns sem
muita expressão. Mas foi depois da entrada da barbie loirinha Fergie que a banda estourou nas rádios com hits como
"Where's the Love", "Don't
Lie" e "Let's Get Retarded", dos
discos "Elephunk" (2003) e
"Monkey Business" (2005).
Mas Will não dá tanto crédito à moça, que acaba de lançar
o CD solo "Fergie as the Dutchess". "Nosso terceiro disco já
estava pronto quando encontramos a Fergie. O que aconteceu é que aprendemos sobre
marketing e aplicamos isso ao
nosso grupo."
Carnaval e feijoada
Antes de aderir às técnicas de
marketing, uma das principais
referências da banda era o brasileiro Jorge Ben Jor. Em 1999,
o músico entrou com um processo contra o BEP por usar
trechos de suas músicas sem
autorização. "Nós procuramos
o Jorge, mas não conseguimos
localizá-lo. Ele processou a
gente antes de saber disso, mas
agora está tudo ok", diz Will.
Tiveram mais sorte, no entanto, com outro brasileiro,
Sérgio Mendes. Will convidou o
pianista para participar de
"Elephunk" e incentivou Mendes a voltar a gravar. O resultado é o álbum "Timeless", que
concorreu ao Grammy neste
ano. Sem dar muitos detalhes,
Will conta que, no Carnaval de
2007, ele e Mendes farão um
grande show com Quincy Jones no Brasil.
Com Mendes, Will aprendeu
a ser disciplinado. "Eu queria
gravar às 15h, mas ele mandava
começar às 11h. Em oito horas,
fazíamos quatro músicas."
Com a mulher de Mendes, tentou aprender a fazer feijoada.
"Não deu muito certo."
Da bossa ao pop, Will incrementa seu currículo de parcerias musicais. Outro músico
que decidiu voltar a gravar com
uma mãozinha dele foi Michael
Jackson. Depois de passar quatro dias na casa do ícone pop na
Irlanda, Will conta que Michael
quer em seu novo álbum um
som "bonito, que vá fundo ao
coração". James Brown foi um
elemento de ligação entre os
dois. "Ele ficou impressionado
porque gravamos com o "sr.
Brown'", diz Will, imitando Michael com uma voz afeminada.
"Mas nós fizemos primeiro."
BLACK EYED PEAS
Quando: hoje, às 21h30, em SP,
amanhã, em Belo Horizonte, dia 14,
em Brasília
Onde: Arena Skol Anhembi (av. Olavo Fontoura, 1.209., tel. 0/xx/11/3511-9400); Estádio Governador
Magalhães Pinto (0/xx/ 31/3499-1154) e Ginásio Nilson Nelson (0/xx/61/3326-4047)
Quanto: de R$ 100 a R$ 200; de R$ 70 a R$ 300; de R$ 50 a R$ 200
Texto Anterior: Crítica/humor: Filho de Mel Brooks alerta sobre o perigo dos zumbis Próximo Texto: Rock indie aporta em clubes de São Paulo Índice
|