São Paulo, sábado, 11 de novembro de 2006

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Morre o ator Jack Palance, 87, vencedor do Oscar em 1992

DA REPORTAGEM LOCAL

Morreu ontem, aos 87 anos, na Califórnia, o ator Jack Palance, conhecido pelos papéis de caubói em filmes como "Os Brutos Também Amam" e "Amigos, Sempre Amigos". O porta-voz do ator, Dick Guttman, disse que a morte ocorreu por "causas naturais".
Boxeador profissional e veterano da Segunda Guerra Mundial, Palance só fez sua estréia no cinema em 1950, com "Pânico nas Ruas", de Elia Kazan. Dois anos depois, dividiu a tela com Joan Crawford em "Precipícios d" Alma", de David Miller. O papel de Lester Blaine lhe valeu a primeira indicação ao Oscar como ator coadjuvante. Em 1953, pelo Jack Wilson de "Os Brutos...", foi lembrado para o prêmio pela segunda vez na mesma categoria.
Entretanto, a vitória só veio na terceira indicação, pelo personagem Curly Washburn, um coadjuvante em "Amigos, Sempre Amigos". Na comédia de 1991, parodiava a própria fama de vilão e dividia a tela com Billy Cristal.
No meio de seu discurso de agradecimento pelo prêmio, em 1992, ele protagonizou um dos momentos mais insólitos da história da premiação: deitou-se no chão do palco e realizou uma série de flexões com apenas um braço. A idéia era mostrar a ainda boa forma física de um senhor de 73 anos. Mais tarde, perguntado sobre a razão daquilo, justificou-se: "Não sabia mais o que fazer".
Palance também se notabilizou por atuar ao lado de Brigitte Bardot em "O Desprezo" (1963), um dos mais relevantes filmes do francês Jean-Luc Godard.
O mau humor do ator na ficção encontrava algum eco na realidade. Certa vez, durante uma entrevista, Palance disse: "A maior parte das coisas que faço é lixo". Não satisfeito, o ator acrescentou: "Boa parte dos diretores com quem já trabalhei são incompetentes".
Na TV, Palance ficou conhecido como apresentador da série "Acredite se Quiser", exibida no Brasil pela extinta TV Manchete.


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