São Paulo, terça-feira, 11 de novembro de 2008

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Mônica Bergamo

bergamo@folhasp.com.br

SENHOR PRESIDENTE
Rafael Define

Carlos Moreno precisou ficar quatro horas na maquiagem para se transformar no presidente recém-eleito nos Estados Unidos, Barack Obama, para uma sessão de fotos para a agência W/ Brasil, no fim de semana; "Quer a casa branca?", pergunta ele. "Use o good bril". É a segunda vez que o ator encarna um presidente americano; o primeiro foi Bill Clinton, durante o episódio com a estagiária Monica Lewinsky, onde ele sugeria usar o "bom bill" para limpar escândalos

Na sala com Madonna
O presidente Lula e a cantora Madonna devem se encontrar assim que ela desembarcar para turnê no país.
Interlocutores negociam uma visita da cantora a Brasília.

DEU
A mulher do delegado Protógenes Queiroz, Heloísa, pediu que ele deixe a Polícia Federal depois que a poeira da Operação Satiagraha baixar.

ESTRANHO AMOR 1
"Traição." Esta era a palavra mais suave que se ouvia há alguns dias entre os petistas do grupo do prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, quando falavam sobre Aécio Neves, a quem se aliaram na eleição municipal e que bateu pesado no partido e em Lula na semana passada ao afirmar que seria "perverso" mais quatro anos "disso que está aí".

ESTRANHO AMOR 2
Pimentel diz que "muita gente ficou indignada mesmo". A revolta, no entanto, teria sido estancada. "O Aécio se desdisse, ele desmente que tenha dito isso." E o prefeito diz que "daria um desconto" ao governador, que deu as declarações num encontro com deputados do PSDB. "Ele estava no meio de tucanos e tinha que agir como tucano." Pimentel diz que Aécio nunca fala mal do presidente Lula, "nem pra mim nem pra ninguém".

AO VIVO
A primeira-dama, Marisa Letícia, volta a aparecer publicamente -e sem Lula - no fim do mês. Ela vai receber autoridades internacionais que desembarcam no Brasil para o Congresso de Combate à Exploração Sexual Infantil. A rainha Silvia, da Suécia, já confirmou presença.

SEM DIVERSIDADE
A agência Neogama/BBH teve dificuldades para fotografar a campanha do Mix Brasil, festival de cinema da diversidade sexual que começa amanhã em SP. A equipe ouviu dez recusas até conseguir escalar dois modelos masculinos que topassem aparecer de sunga em uma piscina, interpretando um casal homossexual. Na hora dos cliques, porém, um deles mudou de idéia e abandonou a sessão.
A solução foi convocar o namorado do modelo remanescente, que aceitou na hora e viabilizou o trabalho.

ORGULHO AMERICANO
O artista plástico brasileiro Vik Muniz, que há 26 anos vive nos Estados Unidos, onde tem direito a voto, disparou e-mail para os amigos para comemorar a vitória de Barack Obama. Em anexo, enviou uma foto sua com Michelle Obama durante um dos eventos de arrecadação de fundos para a campanha. "Estou me exibindo um pouco", disse ele, que conheceu o presidente eleito em 2005.

REMÉDIO AMARGO
A Justiça decidiu pela segunda vez, em SP, que um hospital deve apresentar orçamento prévio aos pacientes no momento da internação. A medida, que atinge o hospital Nossa Senhora da Penha, segue o Código de Defesa do Consumidor e evita que só se descubra o valor do tratamento no momento da alta. Ricardo Pezzuol, advogado do hospital, diz que vai acatar a decisão e que a instituição "praticamente não faz mais atendimentos particulares pois está em recuperação judicial".

DIA DE FOLIA
O estilista Ronaldo Esper, que discotecava na balada Trash 80's, na sexta, foi à loucura quando tocou "Folia no Matagal". Fez striptease e ficou completamente nu. Apenas com óculos escuros brancos.

SEXO NO BALCÃO
O Astronete, reduto de moderninhos da noite paulistana, está servindo de locação para filmes pornôs de produtoras americanas e da Brasileirinhas. O dono da balada, Cláudio Medusa, já fez ponta em um filme como barman. Vestido.

NO SALTO
O estilista Walério Araújo, um dos jurados da batalha de dança do Clube Glória, fechou a noite de sexta só de calcinha e salto alto.

LAURA PAUSINI

"Eu vi a morte pela primeira vez"

Laura Pausini chega para a entrevista toda vestida de Armani. Reclama que os celulares de sua equipe, italianos, pararam de funcionar em SP e elogia o gravador do repórter. "Gosto de tecnologia, mas acho prefeito esses gravadores mais antigos. Nos novos, às vezes eu falo por uma hora e, no final, a pessoa vê que não gravou", diz a cantora italiana, que veio ao Brasil para lançar seu novo disco, "Primavera in Anticipo".

 

FOLHA - É a segunda vez que você vem lançar disco sem fazer show no Brasil. Quando se apresenta aqui?
LAURA PAUSINI
- Acredito que em setembro do ano que vem. No dia 5 de março de 2009, eu vou começar uma nova turnê mundial. Vou fazer Europa, depois América do Norte, Brasil e América do Sul.

FOLHA - A última vez em que você se apresentou foi em 2007, em San Siro, em Milão.
LAURA
- Sim, no estádio de Kaká [risos]. Não somente dele, mas de muitos brasileiros da minha equipe, o Milan. E a mulher de Kaká fez para mim... como vocês chamam o biscoito de chocolate típico do Brasil? Brigadeiro. Não sei como, mas ela sabia que eu tinha comido brigadeiro aqui e me deu no dia seguinte ao show. Ser a primeira mulher a cantar em San Siro foi uma das maiores honras da minha vida. Espero abrir oportunidade para outras mulheres, porque não é justo que só os homens estejam no estádio.

FOLHA - Seu disco anterior, "Io Canto", trazia clássicos italianos que marcavam vários momentos da sua vida. Qual a história do novo álbum?
LAURA
- Todos os meus discos falam de mim. Mesmo nas canções que não escrevo, eu conto alguma coisa da minha vida. [O disco] Representa os últimos quatro anos da minha vida pessoal. Muita gente chegou e outras se despediram para sempre. Pela primeira vez, eu vi a morte na frente dos meus olhos, de duas maneiras muito diferentes. A minha avó morreu em março de 2007, depois de três meses muito enferma de câncer. E o sogro da minha irmã foi morto dois meses depois, por um carro dirigido por um bêbado. Foi uma grande tragédia. Tive muito tempo para falar com minha avó, saudá-la [antes de morrer], mas na segunda despedida não tive tempo para dizer "um beijo, te quero muito". E a pessoa que o matou continua em casa. É muito difícil [para o cunhado] saber que alguém que mora perto de você matou seu pai, não é fácil sobreviver com essa coisa.

FOLHA - Como isso está no disco?
LAURA
- A canção "Invece No" fala sobre como não "comer" suas palavras e fazer com que a pessoa que você quer bem saiba exatamente tudo o que você acha dela. Eu a dedico a esse meu parente.

CURTO-CIRCUITO
O CCBB-SP recebe hoje o pianista angolano Adriano Jordão e o violinista brasileiro Paulo Bosísio, às 13h e às 19h30. Livre.
O CLUBE JIVE reabre as portas em Higienópolis. A casa dos irmãos Alex e Márcio Cecci e do artista plástico MKZ terá uma galeria dedicada à arte urbana.
O PREFEITO REELEITO de São Paulo, Gilberto Kassab, dá entrevista hoje no "Programa do Jô", da TV Globo.
O RESTAURANTE Zucco, de culinária italiana, será inaugurado hoje na rua Haddock Lobo, nos Jardins. A arquitetura é assinada por Evandro Andreoni.
A VALLVÉ recebe hoje exposição da marca Aroeira, com tapetes exclusivos para salas de banho, a partir das 10h.
O JORNALISTA BRASILEIRO Maurício Vieira lança hoje seu livro fotográfico "A Árvore e a Estrela", em Angola.
MARIA IGNEZ BARBOSA, Van Van Seiler, Renata Mellão, Danilo Miranda, Adelia Borges, Silvia Rodarte e Antonio Arantes tomam posse amanhã na Artesol, entidade que visa ligar artesãos ao mercado consumidor.
JOÃO PAULO RODRIGUES, dirigente do MST, participou em NY de seminário sobre parecerias da ONU com movimentos sociais. Ele falou sobre agrocombustível e agronegócio.

com JULIANA BIANCHI, DIÓGENES CAMPANHA e DÉBORA BERGAMASCO



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