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Crítica
Filme lembra o bom cinema comercial francês
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Na série que começa com
"Angélica, Marquesa dos
Anjos" (TV5, 21h30; classificação indicativa não informada),
Michèle Mercier é Angélique
Sancé de Monteloup, que depois de muito relutar termina
caindo de amores por seu marido, o rico Peyrac, aliás Robert
Hossein.
Mas, como estamos no século 17, entra em cena Luís 14 em
pessoa (e também por pessoas
interpostas). Ele quer porque
quer possuir a bela mulher e
nem faz idéia do quanto Angélique pode ser virtuosa ou de
quão combativo pode ser o
amor de seu marido.
Enfim, isso é só o início de
uma saga folhetinesca verdadeiramente delirante, digna representante de um tempo em
que o cinema comercial francês, aqui representado por Bernard Borderie, era capaz de se
mostrar interessante.
E, para quem não conhece,
Mercier era, naquele tempo de
Brigitte Bardot, uma beleza peculiar, a um tempo meio vulgar
e caseira, ou seja, combina à
perfeição com a trama, que terá
seqüências.
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