São Paulo, segunda-feira, 12 de janeiro de 2004

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Maratona de desfiles de inverno no Brasil tem início nesta semana, com o Amni Hot Spot, em SP

Temporada das meninas superpoderosas

Eduardo Knapp/Folha Imagem
Da esq. para a dir., de pé e ao fundo, as estilistas Simone Nunes e Priscilla Darlot; e, sentadas, Rita Wainer, Fabia Bercsek, Emilene Galende e Giselle Nasser


ERIKA PALOMINO
COLUNISTA DA FOLHA

Se fosse possível definir a moda em uma palavra, seria mudança. O imbricado sistema que rege o vestuário, sob conotações cultural, social e histórica, respira sob o signo cíclico do novo substituindo o velho, este se transformando em clássico, ou simplesmente desaparecendo. Daí a importância que a moda -e não somente a mídia- dá para o inédito, para o emergente, o promissor e o que vai estourar.
Atendendo a esse desejo, os lançamentos de inverno 2004 (no Brasil) e de inverno 2004/2005 no hemisfério Norte têm cheiro de terra molhada, fruta tirada do pé, bumbum de bebê.
O doce perfume da novidade inspira São Paulo a partir desta quarta, com o desfile de 14 marcas dentro do guarda-chuva do Amni Hot Spot (estreando na Casa das Caldeiras, na Água Branca), seguido dos 15 participantes da 15ª edição da Semana de Moda Casa de Criadores (voltando ao shopping Frei Caneca), as 22 coleções do Fashion Rio (no Museu de Arte Moderna) e, finalmente, os 41 desfiles da São Paulo Fashion Week, de 28 de janeiro a 3 de fevereiro na Fundação Bienal (parque Ibirapuera).
É a primeira vez que o mais importante evento de moda no país encerra oficialmente a temporada. Aqui, a ordem dos fatores altera, sim, o produto. Afinal, depois do centésimo vestido de inspiração anos 20, o tal perfume do novo se esvai. Mais um motivo, portanto, para os estilistas do evento paulistano se esmerarem no elemento criatividade. E em Paris não é assim? (Os fashionistas adoram comparar com Paris.) E moda não é isso? Reinventar a roda a cada estação, com cara de début?
A Europa recebe o masculino desde ontem em Milão, a alta-costura vem depois, em Paris, que depois mostra seu masculino. Dia 6 de fevereiro abre o prêt-à-porter feminino: NY, Londres, Milão e Paris. E, se lá é a saída de Tom Ford da Gucci e Yves Saint Laurent que abre oficialmente a porta para novos tempos, por aqui é um punhado de abusadas garotas.
Conheça a próxima geração.


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