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Cantor renegou gravações da fase "Racional"
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
DA REPORTAGEM LOCAL
Tudo o que envolve Tim
Maia é turbulento, mas a fase
"Racional" tem uma dose especial de barulho. Ao longo
dos anos posteriores às gravações, cresceu o culto aos
discos aqui e no exterior.
Mas o cantor continuou a renegá-los.
Ao folhear o livro "Universo em Desencanto", na casa
do compositor Tibério Gaspar, em 1975, Tim tornou-se
obcecado pelas idéias do autor, Manoel Jacintho Coelho, que misturava seres extraterrestres a uma suposta
volta a um estado "racional"
puro.
Ele parou de beber e de
usar drogas, passou a se vestir só de branco e obrigava
seus músicos a lerem o livro
e pregarem com ele pelas
ruas. Quando foi para o estúdio, queria usar a música a
serviço da religião.
Mas a religião se esgotou
para ele menos de um ano
depois, enquanto a música
não morreu, por causa da alta qualidade. Mesmo Tim se
recusando a interpretar o repertório dos discos, ele fez a
cabeça de gente como Marisa
Monte, que viria depois a
cantar "Imunização Racional (Que Beleza)" .
"O Grão-Mestre Varonil",
"Bom Senso", "Energia Racional" e "Quer Queira Quer
Não Queira" estão entre as
outras faixas marcantes desse período.
A morte de Tim -que no
próximo sábado, dia 15, completa dez anos- permitiu
que começassem as negociações para o lançamento em
CD dos dois volumes de "Tim
Maia Racional", depois de
eles passarem muito tempo
na lista dos vinis mais disputados em sebos.
O primeiro saiu em 2006,
pela Trama, que não conseguiu lançar o segundo. Para
Carmelo Maia, filho do cantor, o melhor seria pôr a versão digital do "2" nas ruas antes de lançar o "3".
Como este inédito terceiro
já está envolto em confusão,
é possível que demore mesmo a vir à tona.
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