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Iron Maiden revira o baú para maior turnê no país
Banda inglesa passa por seis cidades e faz pré-estreia mundial de seu documentário
Segundo o vocalista Bruce Dickinson, repertório terá canções raras dos três primeiros álbuns e cenário e explosões "muito maiores"
MARCO AURÉLIO CANÔNICO
EDITOR DO FOLHATEEN
É cheia de superlativos a descrição que Bruce Dickinson,
vocalista do Iron Maiden, faz
do Brasil e de seus fãs brasileiros durante a conversa por telefone com a Folha, na qual fala
sobre a volta da banda ao país.
Será a oitava vinda do Maiden -a última foi há um ano-
e a maior delas: seis shows em
seis capitais, começando hoje,
por Manaus.
"É muito excitante passar
tanto tempo no Brasil, adoramos o país e os brasileiros", diz
Dickinson. Parece discurso de
vendedor? Sem dúvida, mas a
empolgação merece algum crédito, tendo em vista o histórico
da banda por aqui -shows
sempre enormes e sempre lotados, CD e DVD gravados ao
vivo com a plateia brasileira.
A turnê com que a banda retorna, "Somewhere Back in Time", é particularmente empolgante para os fãs, porque seu
repertório se baseia na fase
clássica do Maiden, na década
de 80, e seu cenário terá "o que
ficou faltando da última vez: a
múmia gigante no fundo do
palco, o show pirotécnico completo", diz Dickinson.
Há deferências especiais,
também. "O Brasil é um dos
únicos lugares do mundo que
vai ouvir alguns clássicos que
não tocamos há anos e que,
provavelmente, nunca mais tocaremos." E do que exatamente estamos falando, Bruce?
"Não posso te dizer, estragaria a surpresa. Mas posso dizer
que são dos três primeiros álbuns do Iron Maiden."
Pré-estreia do filme
Outro sinal da consideração
da banda pelo público local é a
escolha do Rio para a pré-estreia mundial do documentário
"Flight 666", no sábado, com a
presença do grupo, da imprensa estrangeira e de alguns fãs.
"O filme é sobre a banda, nossos fãs e a turnê. Tem muito
material sobre os shows brasileiros, grandes cenas de São
Paulo e de Curitiba."
Sobre a perspectiva de que o
documentário vá parar nos sites de download rapidamente,
Dickinson soa conformado.
"É o jeito do mundo moderno, é preciso viver com isso e
aceitar. Pelo menos enquanto o
filme estiver só nos cinemas
não vai ser possível baixá-lo."
Não? E as cópias de "camcording", feitas por gente que entra com uma câmera de vídeo
no cinema e grava a tela?
"Bom, se seus padrões são
tão baixos que você aceita assistir a um filme com a péssima
qualidade dessas gravações, então vá em frente, eu não ligo."
O download de músicas também não parece tirar o sono do
cantor. A banda continua gravando -lança álbum com inéditas em 2010-, mas o que paga
as contas são as apresentações.
"Sou um músico, faço música, toco para as pessoas, é assim
que ganho dinheiro. E não dá
para reproduzir pela internet a
experiência de ir a um show ao
vivo, a interação que acontece."
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