São Paulo, quinta, 12 de março de 1998

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"Gita" narra encontro entre Krishna e Árjuna

da Reportagem Local

O "Baghavad Gita" (pronuncia-se bagavaguita) deriva do "Mahabharata", poema épico em sânscrito escrito há cerca de 5.000 anos, que estabelece as bases do hinduísmo. O "Mahabharata" é uma narrativa da trajetória dos Kurus, a família real indiana.
Os pândavas, cinco filhos do rei Pandu, disputam o poder com cem primos paternos. O "Gita", ou seja, o diálogo entre Árjuna, um dos pândavas, e Krishna, uma manifestação da suprema divindade em forma humana, ocorre aparentemente no momento em que os dois exércitos aguardam perfilados o início da batalha.
O guerreiro Árjuna vê nas fileiras do exército inimigo um grande número de familiares e amigos próximos. Está aterrorizado pela idéia de que terá de enfrentá-los e deixa de lado suas armas. Krishna responde, justificando a luta por vários argumentos, o mais importante sendo o de que a essência verdadeira de um homem, a alma, não mata e não pode ser morta.
Em resposta a novos questionamentos de Árjuna, Krishna explicita suas visões sobre a vida e o destino, a natureza do universo, sua origem, propósito e princípio dirigente. Fala sobre a natureza dos homens, suas obrigações e relações com o resto do universo. O tema central gira em torno da crença no poder mágico do conhecimento (da verdade religiosa), que seria como que um talismã. Ao final da narrativa, Árjuna se anima e decide lutar.



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