SÉRGIO RIZZO
CRÍTICO DA FOLHA

Hillary Clinton e Barack Obama que se cuidem. "Se eu posso sonhar, ele seria um maravilhoso presidente dos EUA", diz o cineasta Steven Spielberg.
A especulação resume o tom grandiloqüente da celebração a Tom Hanks no programa da série "Biography" dedicado ao "astro favorito de Hollywood".
Além de Spielberg, o ator Leonardo DiCaprio e os diretores Ron Howard, Garry Marshall, Penny Marshall e Sam Mendes elogiam o ator de acordo com uma linha de raciocínio que o compara a James Stewart - na tela e fora dela, o "sujeito comum" que se comunica de maneira privilegiada com o público norte-americano.
A imediata inserção de "Forrest Gump" (1994) na cultura popular dos EUA é usada como um dos principais exemplos desse fenômeno, em carreira que teve início no cinema com o obscuro "Trilha de Corpos" (1980), seguido por "Splash, uma Sereia em Minha Vida" (1984), que pavimentou o caminho para a fama.
O programa reconstitui a infância nômade com o pai na Califórnia, a iniciação no teatro estudantil, a mudança para Nova York, as primeiras oportunidades na TV e os dois casamentos. Filme por filme, vai até as vésperas do lançamento de "O Código Da Vinci" (2006) - o que não é exatamente uma boa plataforma para um candidato à Presidência.