Cantor diz que as 185 composições dos volumes não são simples como parecem

LUIZ FERNANDO VIANNA
DA REPORTAGEM LOCAL

Djavan diz receber e-mails do mundo todo com dúvidas sobre como tocar suas músicas. Aviso aos autores das mensagens: seus problemas acabaram -ou começaram.
Serão lançados hoje, no Rio, os três volumes de "A Música de Djavan", songbooks com partituras de todas as canções feitas por ele até hoje. O que parece uma bênção, para os fãs, também pode ser um choque.
"Não é para iniciantes. Na audição, as músicas parecem simples. Mas, na hora de botar na mão, a pessoa nem sempre consegue encontrar a harmonia completa", diz Djavan, 59.
A organização das 185 canções é cronológica. Começa com "Flor-de-Lis" e as outras faixas do LP "A Voz, o Violão, a Música de Djavan" (1976) e passa pelos outros 16 discos e até por composições que ele nunca gravou. Também há textos do jornalista Hugo Sukman.
As partituras foram preparadas por Ricardo Gilly e revisadas por Djavan, como já acontecera no songbook editado por Almir Chediak em 1997. Mas aquele era incompleto. "Pude rever meu trabalho inteiro, e percebi uma evolução em todos os sentidos: harmônico, rítmico, nas letras", diz o cantor.
Os livros foram editados com recursos de dedução fiscal originados da Lei Rouanet. Mesmo assim, custam R$ 130 cada um. "Nem sabia que custava isso. Pedi para que fizessem o preço mais acessível possível."


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