São Paulo, sábado, 12 de junho de 2010

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Peça funde drama familiar com a decadência do jazz

"Side Man" tem primeira montagem no Brasil após 12 anos na Broadway

Texto do americano Warren Leight mostra jovem que decide se libertar da "loucura" dos pais aos 30 anos


MARCOS GRINSPUM FERRAZ
DE SÃO PAULO

"Não há nenhuma mudança sem dor", diz o jovem Clifford, protagonista de "Side Man", logo no início da peça. Mas, se ele se refere à sua vida, a frase também serve para entender a transição histórica do espetáculo.
No texto do americano Warren Leight, que ganha montagem no Brasil sob a direção de Zé Henrique de Paula, a saga de Clifford se funde à história da decadência das big bands de jazz nos EUA a partir dos anos 1950, na época da ascensão do rock.
E, se em montagens da Broadway, onde a peça estreou em 1998, a história do jazz esteve em primeiro plano, ganha força, aqui, o drama familiar; o lado mais universal do texto, diz o diretor. "Para mim é, acima de tudo, uma peça sobre três elementos de uma família disfuncional. E acho que a aproximação com a plateia brasileira pode se dar através dessa inversão de planos."
As cenas passeiam entre 1950 e 1980, sem ordem cronológica, como num "caleidoscópio de imagens". No elenco, estão Alexandre Slaviero como Clifford e Sandra Corveloni e Otávio Martins como seus pais.
Para a "ambientação" dos atores no contexto do jazz nova-iorquino, o grupo teve aulas de música e estudou a pintura americana da época.


SIDE MAN

QUANDO qui. e sáb., às 21h, sex., às 21h30, dom., às 18h; até 1º/8
ONDE teatro Sergio Cardoso (r. Rui Barbosa, 153, Bela Vista, tel. 0/xx/11/3288-0136)
QUANTO de R$ 10 a R$ 60
CLASSIFICAÇÃO 14 anos



JOSÉ SIMÃO
O colunista é publicado no caderno Copa 2010.




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