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Peça funde drama familiar com a decadência do jazz
"Side Man" tem primeira montagem no Brasil após 12 anos na Broadway
Texto do americano Warren Leight mostra jovem que decide se libertar da "loucura" dos pais aos 30 anos
MARCOS GRINSPUM FERRAZ
DE SÃO PAULO
"Não há nenhuma mudança sem dor", diz o jovem Clifford, protagonista de "Side
Man", logo no início da peça.
Mas, se ele se refere à sua
vida, a frase também serve
para entender a transição
histórica do espetáculo.
No texto do americano
Warren Leight, que ganha
montagem no Brasil sob a direção de Zé Henrique de Paula, a saga de Clifford se funde
à história da decadência das
big bands de jazz nos EUA a
partir dos anos 1950, na época da ascensão do rock.
E, se em montagens da
Broadway, onde a peça estreou em 1998, a história do
jazz esteve em primeiro plano, ganha força, aqui, o drama familiar; o lado mais universal do texto, diz o diretor.
"Para mim é, acima de tudo, uma peça sobre três elementos de uma família disfuncional. E acho que a aproximação com a plateia brasileira pode se dar através dessa inversão de planos."
As cenas passeiam entre
1950 e 1980, sem ordem cronológica, como num "caleidoscópio de imagens". No
elenco, estão Alexandre Slaviero como Clifford e Sandra
Corveloni e Otávio Martins
como seus pais.
Para a "ambientação" dos
atores no contexto do jazz
nova-iorquino, o grupo teve
aulas de música e estudou a
pintura americana da época.
SIDE MAN
QUANDO qui. e sáb., às 21h, sex.,
às 21h30, dom., às 18h; até 1º/8
ONDE teatro Sergio Cardoso (r. Rui
Barbosa, 153, Bela Vista, tel.
0/xx/11/3288-0136)
QUANTO de R$ 10 a R$ 60
CLASSIFICAÇÃO 14 anos
JOSÉ SIMÃO
O colunista é publicado
no caderno Copa 2010.
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