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São Paulo, sábado, 12 de julho de 2003

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FILMES

TV ABERTA

"Vivendo no Limite" tem a força de Scorsese

Piratas Modernos
SBT, 15h15.
 
(Jumping Ship). EUA, 2001. Direção: Michael Lange. Com Joseph Lawrence, Matthew Lawrence. Dois turistas americanos na Austrália começam por ser assaltados no aeroporto, depois no barco que alugam, por fim são vítimas de uma tentativa de sequestro. Feito para TV.

As Oito Condenadas
Globo, 23h.
 
(The Expendables). EUA, 2000. Direção: Janet Myers. Com Brett Cullen, Robin Givens. Grupo de presidiárias ajuda militar a cumprir missão quase impossível: libertar uma americana da prisão em Cuba. Pouco a esperar. Feito para TV. Inédito.

Vivendo no Limite
SBT, 23h50.
   
(Bringing Out the Dead). EUA, 99, 121 min. Direção: Nicolas Cage, Patricia Arquette. A vida de um paramédico de Nova York (Cage) vista por Scorsese. Tem a força do diretor, mas também esse ritmo muito forçado que Scorsese desenvolve por vezes. Inédito.

Em Veneza com Emmanuelle
Bandeirantes, 2h.
 
(Emmanuelle in Venice). França, 93, 90 min. Direção: Francis Leroi. Com Sylvia Kristel, Marcella Wallerstein. Emmanuelle tenta aproximar amiga infeliz de um antigo amante (da amiga), o único homem capaz de proporcionar-lhe felicidade. Mais um episódio turístico-erótico da série feita no começo dos anos 90 a fim de capitalizar o nome de Emmanuelle e a fama de Kristel, agora já uma senhora.

Testemunha do Passado
SBT, 2h10.
 
(Brother Future). EUA, 91. Direção: Roy Campanella. Com Phil Lewis, Carl Lumbly, Vonetta McGee. Jovem negro é atropelado, bate a cabeça no chão, desmaia e, em vista disso tudo, é remetido ao passado, a 1822, tempo de escravatura de que será testemunha.

Tempo de Guerra
Globo, 2h40.
 
(Class of "61). EUA, 93. Direção: Gregory Hoblit. Com Christien Anholt, Andre Braucher. Militares formados na academia de West Point em 1861 tomam, de imediato, caminhos diferentes: começa a Guerra de Secessão, uns ficam com a União, outros engajam-se na luta dos Confederados. Feito para TV. Inédito.

A Ilha do Tesouro
SBT, 4h10.
   
(Treasure Island). EUA, 89, 131 min. Direção: Fraser C. Heston. Com Charlton Heston, Christian Bale, Christopher Lee. Adaptação do romance de R.L. Stevenson, sobre o garoto (Bale) que vai em busca do tesouro cujo mapa herda do capitão Billy. O problema é que a horas tantas o capitão Long John Silver (Heston) liderará um motim, a fim de ficar com todo o tesouro. Filme para TV a cabo e primeira direção de Fraser, filho de Charlton. A história é de arromba, e essa versão não é indigna dela. Só para São Paulo. (IA)

TV PAGA

"Insônia" encaixa "noir" em ambiente branco

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Um funcionário da locadora 2001, em São Paulo, deu a melhor definição de "Amnésia": "É "Desejo de Matar" de trás pra diante".
Não lembro o nome dele agora, mas gostaria de saber o que diria de "Insônia", o filme seguinte de Christopher Nolan, que estréia hoje na HBO.
Se em "Amnésia" o truque é temporal, aqui é antes de tudo espacial: Al Pacino é o tira que vai fazer uma investigação no Alasca, num lugar onde não existe noite. Pacino é um tira admirável, ao que parece, ou pelo menos é isso o que pensam os demais tiras envolvidos, sobretudo uma jovem investigadora.
O filme não é, a rigor, e ao menos como conclusão, muito diferente de "A Marca da Maldade", de Orson Welles. Também parece um "whodunit" (tipo de policial em que o essencial é saber quem é o culpado). Ou ainda um "filme noir" realizado num ambiente inteiramente branco: é o tipo de paradoxo que parece seduzir Nolan, ou em todo caso o que ele julga que seduzirá os fãs (no caso, "Amnésia" é o "remake" de um filme norueguês).
A lei do cão cinematográfica não é nova: é preciso fazer algo para chamar a atenção, causar impacto, distinguir seu filme dos demais etc.
Nos últimos anos ela ganhou mais peso. Trabalha-se na criação de rótulos ("Dogma", por exemplo) e procedimentos técnicos que triunfem sobre a concorrência com tanto empenho que o filme se torna secundário.
Em geral, isso rende algum tempo de glória, mas em troca o realizador acaba prisioneiro de seu macete, forçado a reproduzi-lo, quase sempre com sucesso decrescente.
É o calvário do cinema: não a dúvida entre ser arte ou indústria. Mas ser uma arte numa indústria. Já era problema bastante. Agora ele começa a ser visto como um veículo, um mídia, enfim: um suporte. Era o que faltava.


INSÔNIA. Quando: hoje, às 21H, no HBO.


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