São Paulo, quinta-feira, 12 de julho de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Crítica

Hitô apresenta boa e variada seleção de peixes em clima agradável e cordial

JOSIMAR MELO
CRÍTICO DA FOLHA

O café que recentemente foi instalado, no Itaim, bem na entrada da vila onde funciona o restaurante Jardim Aurélia, não existe mais. Em seu lugar, agora funciona um restaurante japonês, o Hitô, com algumas peculiaridades. O ambiente ficou igual, o que é interessante -no lugar do típico visual de sushibar, o que temos são cadeiras de vime, mesas espaçosas, janelas para fora. O antigo balcão do bar se transformou em balcão de sushi. E a recepção é feita cordialmente por alguém capaz de dialogar mansa e longamente (se quiserem) com os clientes, o nissei Milton Toyoshima, paulistano de 47 anos.
Os proprietários são os mesmos do Jardim Aurélia, os irmãos Alexandre, Ricardo e André Laham. Os dois primeiros são advogados e o terceiro é formado em hotelaria, mantendo-se todos trabalhando paralelamente em suas áreas e nos restaurantes. Para supervisionar o Hitô, eles trouxeram Toyoshima, que desde bem jovem atua em restaurantes orientais: ele já passou, por exemplo, pelo Shin Zushi, pelo Gendai e pelo Shimo. Ao circular pelas mesas (e eventualmente empunhando a faca de sushiman), ele propõe sugestões -dependendo do que interessa ao cliente, sugere que peça o menu de preço fixo ou não. Mesmo o saquê ele pode aconselhar que seja pedido em garrafa, se constatar que o número de pedidos, se feito por copo, sairá mais caro.
A conversa pode revelar, por exemplo, que a oferta de peixes do dia é bem mais variada e interessante do que consta no cardápio. Mesmo um menu fixo -o festival, ou rodízio- pode começar com um gostoso sashimi de tilápia embebida em molho leve de limão, com ares peruanos. E o sushi, que no cardápio à la carte é oferecido com "salmão, atum e peixe branco", poderá ter robalo, meca, carapau, agulhão e outros. E poderão vir a ser incluídos no menu fixo.
Com tal flexibilidade, pode ser mais interessante pedir mesmo o festival, ainda que complementado por uma ou outra dupla de sushis que estejam correndo por fora. Dele fazem parte também os pratos quentes -embora guioza e bolinhos de entrada não sejam o forte da casa e pratos como o yakisoba tampouco deixem saudade.

josimar@basilico.com.br


Texto Anterior: Bebida: Enólogo português traz goles do Alentejo
Próximo Texto: Tentações
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.