São Paulo, domingo, 12 de julho de 2009

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Outro Canal

DANIEL CASTRO - daniel.castro@grupofolha.com.br

Daryan Dornelles/Folha Imagem
GALERA MANEIRA
Preste atenção nesses corpinhos. Luke, 13, Mateus, 15, Xande, 15, Pedro, 15, e João Werneck, 17, formam a WWW, banda de irmãos e primos que conduz a trama de "Ger@l.com", minissérie adolescente que a Globo estreia dia 20, em um cruzamento de mídias. Eles estão prontos para o sucesso, mas com os pés no chão. "A gente quer ver primeiro a repercussão e depois marcar show, show e mais show", diz Xande, o vocalista, que está achando "muito maneiro" bancar o ator.

Globo muda regra para evitar "figuração de luxo" em novela

A Globo adotou novas regras para a reserva de atores para futuras produções. A medida visa principalmente evitar a "figuração de luxo", em que um ator importante passa uma novela inteira em um personagem inexpressivo, enquanto outras obras da casa têm de se contentar com nomes menos expressivos ou menos adequados.
A partir de agora, se um autor quiser reservar, por exemplo, Letícia Sabatella para uma novela que irá escrever em 2011, terá que apresentar uma sinopse da obra e um perfil do personagem que imagina para a atriz.
A decisão final caberá a Manoel Martins, diretor-geral de entretenimento. Ele diz que "a decisão agora é corporativa", ou seja, uma "decisão de empresa". O novo sistema, afirma, leva em consideração "visão de conjunto, planejamento e crítica de cruzamento de elenco".
Em outras palavras, será mais difícil um ator como Paulo José passar uma novela inteira com raras aparições, como vem ocorrendo em "Caminho das Índias". Será mais raro também atores repetirem personagens e novelas apresentarem temáticas semelhantes.
O novo sistema já influiu na escalação da próxima novela das oito, "Viver a Vida", de Manoel Carlos. Ela terá menos personagens que as produções do autor (cerca de cem), e metade do elenco é de novatos ou de lançamentos em TV.
Apesar da reserva, em alguns casos sobressai o bom senso. Foi o caso de Paola Oliveira. Ela estava reservada para a novela que substituirá "Viver a Vida", em 2010. Mas Silvio de Abreu, que escreverá a história, a liberou para a próxima trama das seis, em que terá um papel de maior relevância -será a vilã.

METÁFORA DO BRASIL

Autor de "Vidas Opostas", Marcílio Moraes (foto) já trabalha na próxima novela da Record, a que substituirá "Poder Paralelo" no início de 2010. Desta vez, o realismo dos morros cariocas dará lugar a uma trama ambientada em uma pequena cidade, sem compromisso com a atualidade. Segundo Moraes, "Rio do Tempo" (nome provisório) será uma "novela mais de personagem" e com forte "pegada" política. "Existe ali [na fictícia cidade] uma articulação política misteriosa, uma conspiração", adianta. Mas não pretende ser um painel do Brasil em ano eleitoral. "No máximo, será uma metáfora", diz.

PELO TELEFONE

O canal Multishow começa a gravar em agosto uma série juvenil em que o telefone celular aparecerá em todas as cenas. A produção será da Endemol-Globol. "O formato originalmente foi produzido na França. Mostra relacionamentos entre jovens, o que eles fazem, as baladas, as famílias, tudo pelo telefone celular", explica Guilherme Zattar, diretor do canal. Todos os diálogos são falas por telefone ou SMS.

BABADO ANIMAL

Uma disputa pela guarda de uma cadela sem raça definida paralisou o "Dr. Pet", quadro do "Domingo Espetacular". A dona de Sofia, a mascote do apresentador Alexandre Rossi, não quer mais deixar o animal gravar. TV estressa o bicho, argumenta a mulher, de quem Rossi se separou recentemente. Ela até permite que a cachorra fique com o ex durante o dia, mas sem TV. Há duas semanas, "Dr. Pet" não é gravado.

SIMULTÂNEO
Os próximos seriados da Globo terão lançamento de seu conteúdo em DVD imediatamente após a exibição do último episódio da temporada. Começará com "Aline". Para tanto, a edição para TV e a finalização em DVD será feita quase ao mesmo tempo.

NO TELHADO
O projeto "Quadrante", que já rendeu "A Pedra do Reino" e "Capitu" e deveria ter mais duas séries, está temporariamente suspenso. A Globo poderá fazer novos programas, mas só via produtora independente. A produção pela própria Globo é inviável, por ser muito cara.


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