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"Cantor era difícil, abria-se com poucos", diz amigo
DA ENVIADA A MEMPHIS
Jerry Schilling, 65, nunca tira
do dedo mínimo da mão esquerda o anel de esmeralda que
Elvis lhe deu antes do Natal de
1975. "Quero que você tenha
sorte", disse o cantor, quando
ele decidiu abrir sua empresa
de gerenciamento de artistas.
Schilling conserva muito do jeitão da época. Usa calça jeans
justa, camisa branca por dentro; os cabelos agora estão grisalhos, mas continuam cobrindo a nuca, bem cheios no alto da cabeça e dos lados. Ele mora em
Los Angeles, numa casa que
também lhe foi dada pelo Rei.
Integrante da chamada Máfia de Memphis -grupo de assessores, camaradas e guarda-costas-, todos os anos ele volta a Graceland para a Semana Elvis. "Eu tinha 12 anos quando o
conheci. Ele estudava perto da
minha escola. Um dia, fui jogar
futebol [americano] e acabei no
time do Elvis. Nascia um vínculo de 23 anos", lembra.
Schilling relança nos EUA o
livro "Me and a Guy Named Elvis" (eu e um cara chamado Elvis), no qual relata a amizade.
Em certas passagens, dá a impressão de que o ídolo era simples e acessível. Nada mais errado. "Generoso, sim. Com tanto poder, decidiu ser do bem.
Mas era difícil, perfeccionista,
abria-se com poucos."
(DG)
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