São Paulo, terça-feira, 12 de setembro de 2006

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Crítica

Câmera xereta ativa tensão em "O Informante"

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

"O Informante" (HBO Plus, 22h) é uma história da indústria do tabaco. Ou antes, do combate à indústria do tabaco. Aqui, Al Pacino faz o repórter do programa de investigação jornalística "60 Minutos", da emissora norte-americana CBS. Russell Crowe é o informante, aquele que fornece os detalhes sobre calhordices dos executivos dessa indústria.
As coisas não se passam sem tensão, e boa parte dela devemos, é verdade, à maneira como o diretor Michael Mann conduz sua câmera: entrona, instável, incisiva, como se o próprio das câmeras de cinema fosse justamente penetrar territórios resistentes.
Existem ainda as tensões no interior da rede de televisão, já que, entre recolher o material e colocá-lo no ar, existe o risco de uns tantos processos.
Um bom filme, sem dúvida, embora muito inferior a "Johnny Guitar" (Telecine Cult, amanhã, às 13h10), que Nicholas Ray dirigiu em 1954. Por enquanto, não consigo ver em Mann um novo Raoul Walsh ou coisa assim.


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