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TELEVISÃO
Record negocia Copa de 2002 com a Globo
DANIEL CASTRO
COLUNISTA DA FOLHA
A TV Record está negociando
com a Globo a compra dos direitos de transmissão da Copa do
Mundo de 2002. As negociações
estão avançadas. Ambas as partes
já estariam discutindo contrato e
garantias de pagamento.
A Record, por meio de sua assessoria de imprensa, afirma que
não comenta o assunto.
A Globo comprou em 1998 os
direitos de transmissão em TV,
rádio e internet das Copas de 2002
e 2006. Pela de 2002, teria pago
US$ 120 milhões. Em junho deste
ano, a Globo decidiu abrir mão da
exclusividade do evento e iniciou
negociações com Record, SBT e
Bandeirantes. O SBT não manifestou interesse. A Band ainda
não descartou a proposta, mas
avalia que dificilmente terá lucro
com o negócio.
A Globo, segundo especulações
do mercado, estaria pedindo R$
120 milhões para ceder a Copa à
Record. A Record já ensaia reforçar sua equipe esportiva. A emissora negocia a contratação do jornalista Milton Neves, da Band, para o cargo de diretor de esportes.
A Globo está vendendo as cotas
de patrocínio da Copa por R$ 35
milhões cada. São seis cotas, o que
dará uma receita bruta de R$ 210
milhões, valor baixo para um investimento de US$ 120 milhões.
OUTRO CANAL
Grátis
O SBT vai usar o Teleton 2001 para testar a aceitação de novos
programas. Atrações como o "Batalha dos Artistas", gravada nesta
semana para o Teleton, podem virar programa fixo em 2002.
Multi
José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, se reuniu num
único dia, anteontem, com a cúpula da Globo e do SBT. Com Silvio
Santos, Boni negocia a retransmissão do SBT por seu canal em
Taubaté (SP). Mas o SBT quer mais de Boni.
Esnobe
Uma diretora do Playboy TV veio de Miami a São Paulo só
para acompanhar entrevista de apresentadoras do canal pago ao
"Superpop", da Rede TV!. Perdeu a viagem. Depois de três horas de
espera, a direção do programa resolveu cancelar a entrevista.
Sinal 1
Executivos de canais pagos já vislumbram tendência de o
Congresso Nacional mudar a medida provisória que aumenta a
taxação sobre a programação estrangeira (filmes e seriados, por
exemplo) para financiar o cinema nacional.
Sinal 2
Executivos das emissoras abertas acreditam que o projeto de
emenda constitucional que abre empresas de TV ao capital
estrangeiro pode agora avançar no Congresso, onde está emperrada.
E-mail - daniel.castro@uol.com.br
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