São Paulo, quarta-feira, 12 de dezembro de 2001

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Cotidiano das cadeias inspira companhias

FREE-LANCE PARA A FOLHA

As paredes imaginárias do teatro sempre dialogaram com as quatro paredes concretas da cela. Dramaturgos como o francês Jean Genet (1910-1986) souberam sublimar em suas peças as memórias do cárcere.
Em São Paulo, as experiências com presos são frequentes, na medida que tal mobilização permite, por óbvias questões de segurança.
O grupo Teatro da Vertigem ministrou oficinas no Complexo do Carandiru durante o processo da montagem de "Apocalipse 1,11", que estreou em dezembro de 1999, sob direção de Antônio Araújo. Entrar em contato com os presos permitiu aos atores uma compreensão da realidade que depois foi transposta para a cena no espetáculo encenado no desativado Presídio do Hipódromo, e atualmente em cartaz no Dops carioca.
Em setembro, o Centro de Observação Criminológica abrigou a montagem de "O Rei da Vela", de Oswald de Andrade, interpretada por 20 detentos da instituição, localizada no Carandiru.
Os Parlapatões, Patifes e Paspalhões já estiveram envolvidos em projeto semelhante. Foi na edição de 2000 do Festival Internacional de Teatro de Londrina, quando realizaram a oficina "Palhaços na Penitenciária", na Penitenciária Estadual de Londrina. (VS)


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