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Cotidiano das
cadeias inspira
companhias
FREE-LANCE PARA A FOLHA
As paredes imaginárias do
teatro sempre dialogaram
com as quatro paredes concretas da cela. Dramaturgos
como o francês Jean Genet
(1910-1986) souberam sublimar em suas peças as memórias do cárcere.
Em São Paulo, as experiências com presos são frequentes, na medida que tal mobilização permite, por óbvias
questões de segurança.
O grupo Teatro da Vertigem ministrou oficinas no
Complexo do Carandiru durante o processo da montagem de "Apocalipse 1,11",
que estreou em dezembro de
1999, sob direção de Antônio
Araújo. Entrar em contato
com os presos permitiu aos
atores uma compreensão da
realidade que depois foi
transposta para a cena no espetáculo encenado no desativado Presídio do Hipódromo, e atualmente em cartaz
no Dops carioca.
Em setembro, o Centro de
Observação Criminológica
abrigou a montagem de "O
Rei da Vela", de Oswald de
Andrade, interpretada por
20 detentos da instituição,
localizada no Carandiru.
Os Parlapatões, Patifes e
Paspalhões já estiveram envolvidos em projeto semelhante. Foi na edição de 2000
do Festival Internacional de
Teatro de Londrina, quando
realizaram a oficina "Palhaços na Penitenciária", na Penitenciária Estadual de Londrina.
(VS)
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