São Paulo, terça-feira, 12 de dezembro de 2006

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"Guru" é famoso pelo rigor com os seus alunos

DA REPORTAGEM LOCAL

Ele cultiva a fama de durão. Refere-se obsessivamente à escrita como "a arte". Não tolera interrupções durante suas longas palestras (12 horas por dia, com intervalos). Convida "diletantes" e "amadores" a se retirarem. Expulsa "escritores de uma idéia só". Não discute projetos em andamento. Não vende "ilusões". Cobra US$ 575 por um curso de três dias. E é aplaudido de pé.
Robert McKee, 65, é hoje um dos maiores gurus da indústria do entretenimento dos EUA. A natural comparação com outro "mago" hollywoodiano, Syd Field, autor de diversos best-sellers sobre roteiros, é refutada. McKee apresenta-se como um "intelectual", em contraste a Field, mais metódico na criação de esquemas para a composição de scripts "vendáveis".
Há cerca de 20 anos, McKee era mais um roteirista atarefado de cinema e TV, com dezenas de textos vendidos -apesar de só um filmado-, quando houve o que se poderia chamar, em sua terminologia narrativa, de "incidente incitante" (ponto de virada numa história). No caso, foi um telefonema.
Do convite para lecionar em Sherwood Oaks, extinta escola de Los Angeles em que só estrelas "do mercado" davam aulas (Dustin Hoffman ensinava atuação, Sydney Pollack, direção, entre outros) surgiu o embrião dos seminários "Story", lançados há duas décadas.
Esses minicursos (intensivos de quase 36 horas de aula em três dias) hoje reúnem estrelados, como o diretor Peter Jackson, de "O Senhor dos Anéis", e anônimos, que sonham com uma entrada triunfal na indústria do entretenimento. (RE)


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