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História une reggae ao Velho Testamento
DA REPORTAGEM LOCAL
É insólita, mas a relação
de um judeu ortodoxo como Matisyahu com o reggae encontra certas conexões no passado.
O ritmo nascido na Jamaica nos anos 60 está ligado à cultura rastafári,
para quem Jah (Deus)
reencarnou como um africano -Haile Selassie 1º,
que tornou-se rei (e ditador) da Etiópia em 1930.
Para os rastas, Selassie
pertencia à linha de descendência do rei Salomão.
Ele ficou no poder da Etiópia por 44 anos, até ser deposto. Morreu em 1975.
Na Jamaica, o rastafári
teve como líder o pensador Marcus Garvey. Um
dos principais difusores
dessa filosofia foi Bob
Marley (1945-81), que chegou a encontrar-se com
Haile Selassie e a ganhar
um anel religioso do rei.
Os rastafáris não bebem
álcool, são vegetarianos e,
como não cortam os cabelos, muitos utilizam o penteado "dreadlock". O fumo
da maconha é considerado
uma forma de alcançar a
meditação plena e uma
melhor conexão com Jah.
Muitas das letras de Bob
Marley fazem referências
ao vegetarianismo (adotado pelos rastas), ao Velho
Testamento e evocam redenção e transcendência
(como "Exodus", "Redemption Song", "Blackman Redemption").
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