São Paulo, quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

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Epopeia pornô ganha 2 novas edições

Romance esgotado de Reinaldo Moraes tem nova tiragem nas livrarias e vai sair em formato de bolso em março

Sumido das estantes após as compras de Natal, "Pornopopéia" não é encontrado nem em sebos

DE SÃO PAULO

Após sumir das livrarias no mês de Natal, a epopeia pornô de Reinaldo Moraes, "Pornopopéia" (com acento segundo a regra antiga, a pedido do autor) ganha duas novas tiragens.
Desde ontem, segundo a editora Objetiva, o livro está de volta às estantes (apesar disso, as principais megastores o apontavam como indisponível ontem de manhã).
É a terceira tiragem da obra, que foi lançada em maio de 2009, e chega agora aos 4.500 exemplares impressos, marca que a editora considera "excelente".
Uma outra impressão, de 4.000 exemplares, em formato de bolso, chegará às bancas em março. Com 480 páginas no formato normal, ficará com 662 páginas. E o preço cairá substancialmente, de R$ 56,90 para R$ 29.
"Pornopopéia" narra o mergulho de um cineasta de 40 anos em uma saga desenfreada de sexo, drogas e álcool. "É a história de um cara que, em um dia, faz todas as merdas que eu fiz na vida", resume Moraes.
Em uma crise criativa ao escrever um roteiro institucional sobre embutidos de frango, o personagem leva o leitor ao submundo boêmio de São Paulo.
O investimento da Objetiva chega num momento em que o romance ganha fôlego entre os leitores.
Apesar de não ter conquistado nenhum dos grandes prêmios literários do país, uma pesquisa na Estante Virtual, que reúne 1.800 sebos e um acervo de mais de 7 milhões de obras, não aponta um único exemplar disponível, fato raríssimo.
A editora espera para o Natal a próxima obra do autor, "A Travessia de Suez", sobre um bicheiro que morre e descobre que era Deus. Além disso, ele escreve, para a Companhia das Letras, um romance da coleção Amores Expressos ambientado na Cidade do México.
Em março, a Companhia relança os dois únicos outros romances de Moraes, "Tanto Faz" e "Abacaxi", escritos nos anos 80 e recebidos na época como pouco engajados devido ao viés pop.
Os dois virão num volume único, estreando o novo selo da editora, o Má Companhia, especializada em autores malditos. (IVAN FINOTTI)


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