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São Paulo, quinta-feira, 13 de fevereiro de 2003

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"IT'S ALL ABOUT LOVE"

Novo Vinterberg é metáfora do fim do Dogma

DO ENVIADO A BERLIM

Quem gostou de "Festa de Família" (1998), de Thomas Vinterberg, talvez o melhor filme realizado dentro do movimento Dogma, certamente irá detestar "It's All About Love", a nova produção do diretor dinamarquês.
O filme teve uma exibição especial dentro da mostra competitiva do Festival de Berlim, na última segunda, e deixou perplexa a audiência que esperava algo parecido a "Festa de Família". "Parece que você abandonou mesmo o Dogma, não?", perguntou uma jornalista a Vinterberg. "Com o sucesso de "Festa...", tive receio de me repetir. Foi um sentimento claustrofóbico. Por isso, fiz mesmo um antidogma. Por exemplo, se antes pregávamos que não podia haver trilha sonora, escolhi o melhor compositor para filmes, o Zbigniew Presneir", disse. Presneir é, aliás, o melhor do filme, e foi compositor de filmes de Kieslowski, como a trilogia "Azul", "Branco" e "Vermelho".
A megaprodução tem um enredo confuso, que tenta mesclar mistério e romance. A história se passa no ano 2021, em Nova York, com pessoas caindo mortas por razão desconhecida. Os habitantes caminham como se nada ocorresse.
Enquanto isso, John (Joaquin Phoenix) e Elena (Claire Danes) estão prestes a assinar os papéis de divórcio, quando ele descobre que sua mulher passa por uma situação claustrofóbica -que aqui não pode ser revelada. É possivelmente ainda uma metáfora do que impediu o diretor de continuar no Dogma. Que pena. (FCY)


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