São Paulo, domingo, 13 de fevereiro de 2005

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A era do esquecimento

Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças
   
Direção: Michel Gondry
Drama

Na onda dos filmes recentes que tratam da perda da memória, "Brilho Eterno" se beneficia da falta de lembranças (ou puro desconhecimento) do público sobre obras de cineastas como Alain Resnais e seu "O Ano Passado em Marienbad" (61). Isso não retira de todo o mérito de "Brilho", que parte de algumas idéias e situações eficientes -uma garota resolve apagar, literalmente, seu ex-namorado da memória- para embaralhar em linguagem pop o amor romântico, o eterno retorno, a tecnologia que substitui a psicologia, entre outras variações.
O DVD: além do "making of", traz bons extras, como uma conversa entre o diretor e Jim Carrey, em que desvendam processos criativos e truques de câmera que substituíram efeitos excessivos de computador- basicamente trucagens de perspectiva. Há também o videoclipe "Light & Day" (The Polyphonic Spree) e um comercial para a pseudo-empresa que apaga memórias Lacuna, ambos no estilo de Gondry, que desafia a realidade. As quatro cenas deletadas que são apresentadas aqui não chegam a acrescentar muita coisa; a melhor é uma em que o casal central se "esconde" nas memórias de sua primeira saída "oficial", em um teatro. (BRUNO YUTAKA SAITO)

UNIVERSAL, R$ 40 (A PARTIR DE 23/3).


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