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A era do esquecimento
Brilho Eterno de uma Mente
sem Lembranças
Direção: Michel Gondry
Drama
Na onda dos filmes
recentes que tratam da
perda da memória,
"Brilho Eterno" se beneficia da falta de lembranças (ou puro desconhecimento) do público sobre obras de cineastas como Alain
Resnais e seu "O Ano
Passado em Marienbad" (61). Isso não retira de todo o mérito de
"Brilho", que parte de
algumas idéias e situações eficientes -uma garota resolve
apagar, literalmente, seu ex-namorado
da memória- para embaralhar em linguagem pop o amor romântico, o eterno retorno, a tecnologia que substitui a
psicologia, entre outras variações.
O DVD: além do "making of", traz
bons extras, como uma conversa entre o diretor e Jim Carrey, em que desvendam processos criativos e truques
de câmera que substituíram efeitos
excessivos de computador- basicamente
trucagens de perspectiva. Há também o videoclipe "Light & Day"
(The Polyphonic
Spree) e um comercial
para a pseudo-empresa que apaga memórias Lacuna, ambos no
estilo de Gondry, que
desafia a realidade. As
quatro cenas deletadas que são apresentadas aqui não chegam a acrescentar
muita coisa; a melhor é uma em que o
casal central se "esconde" nas memórias de sua primeira saída "oficial", em
um teatro.
(BRUNO YUTAKA SAITO)
UNIVERSAL, R$ 40 (A PARTIR DE 23/3).
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