São Paulo, quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

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Crítica

Tributo a Kim Novak mostra correr do tempo

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

O Turner Classic Movies comemora os 75 anos de Kim Novak. Pode ser justa a homenagem. Mas será conveniente? Apenas lembrar que Kim pode chegar aos 75 nos faz perder um pouco a fé no cinema.
Pois uma das coisas que o cinema faz de melhor é, de certa forma, e ao contrário do que queremos dele, imobilizar a realidade, é fazer com que Kim seja para sempre a loura estonteante de 1955, quando fez "Picnic" (14h) com William Holden -na época, um paradigma de erotismo no cinema.
Talvez a homenagem detecte esse doloroso correr do tempo já em "Meus Dois Carinhos" (17h40), de 1957, onde Kim, no auge de seus muitos encantos, contracena com uma Rita Hayworth que apenas lembrava a Rita dos anos 40, de "Gilda" ou "A Dama de Shanghai".
A tarde tem ainda a comédia "Sortilégio de Amor" (15h55), que eu nunca vi, não conscientemente pelo menos, mas que também é dos anos 50 e dirigido por Richard Quine, com quem Kim se deu sempre muito bem.


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