São Paulo, sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

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Crítica

"Mágico de Oz" é um elegante pesadelo

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Numa sexta-feira, o mais prudente é fiar-se em "O Mágico de Oz" (TCM, 22h; livre). Pelo menos deu sorte a Judy Garland (1922-1969), que sempre guardou certa mágoa da MGM porque, tendo-a desde sempre por lá, tinha loucura por Shirley Temple. Garland tornou-se estrela da companhia a partir daí.
Também foi aqui que Arthur Freed, o mago dos musicais bem mais do que o mágico de Oz, se afirmou no ramo.
Freed era o assistente de produção, mas, depois do filme, ganhou uma unidade própria da Metro e construiu o ciclo que construiu.
O interessante é que, para um gênero dito "de evasão", "O Mágico de Oz" é o tipo de filme que não evita a angústia. A pequena Dorothy, acompanhada de seus amigos fantásticos, faz da angústia quase uma segunda natureza: o filme é, a rigor, um elegante pesadelo.
A julgar por aqui, o mundo de 1939, preparando-se para uma grande guerra, era bem menos ingênuo que o de hoje.


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