São Paulo, domingo, 13 de fevereiro de 2011

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"O Barbeiro de Sevilha" é tema da Coleção Folha

Principal trabalho do italiano Gioachino Rossini, ópera é uma das mais vibrantes comédias do universo lírico

Volume, que chega às bancas no dia 20/2, integra série de 25 títulos essenciais do universo da música

DE SÃO PAULO

Essa ópera ficou tão célebre que até mesmo o Pica-Pau cantou uma de suas árias em um antigo desenho animado.
Uma das mais vibrantes comédias da cena lírica, "O Barbeiro de Sevilha", de Gioachino Rossini (1792-1868), é o volume três da Coleção Folha Grandes Óperas, que chega às bancas no próximo domingo (20/2).
"Depois da morte de Napoleão, surgiu um outro homem do qual se fala todos os dias em Moscou e em Nápoles, em Londres e em Viena, em Paris e em Calcutá."
É dessa forma que o escritor francês Stendhal (1783-1842), autor do famoso romance "O Vermelho e o Negro", começa seu livro "Vida de Rossini".
Ele não exagerava: naquela época (1824), o compositor italiano era uma das mais célebres personalidades artísticas de toda a Europa.
Muito de sua fama, tanto no século 19 quanto posteriormente, se deve a "O Barbeiro de Sevilha", baseada no texto teatral do francês Pierre-Augustin Caron de Beaumarchais (1732-1799).
Trata-se de uma comédia na qual o barbeiro Fígaro, para casar seu amigo Almaviva com a jovem Rosina, que é oprimida pelo tutor Bartolo, é capaz de recorrer a todo tipo de artimanha, disfarce e estratagema.

DESTINO
Reza a lenda que a música foi escrita em 13 dias e que, tendo perdido o manuscrito da abertura, Rossini optou por reaproveitar aquela que havia escrito para o drama "Aureliano in Palmira" e que já havia empregado também em outro drama, "Elisabetta, Regina d'Inghilterra".
Por ironia do destino, a primeira audição mundial daquela que se tornaria uma das óperas mais populares de todos os tempos, em 20 de fevereiro de 1816, foi um retumbante fracasso, com o público que compareceu ao Teatro Argentina, em Roma, recebendo a criação com vaias estrondosas.
Já na segunda récita, contudo, a música irresistível, direta e cativante de Rossini conquistou a plateia romana, estabelecendo um sucesso que se tornaria irreversível e global: apenas cinco anos mais tarde, em 1821, o "Barbeiro de Sevilha" se faria ouvir aqui no Brasil.
Na Coleção Folha Grandes Óperas, a obra aparece em uma gravação da década de 1950, com o protagonista sendo cantado pelo charmoso barítono Gino Bechi (1913-1993) e Almaviva por Nicola Monti.
A aclamada soprano espanhola Victoria de Los Ángeles (1923-2005) faz aquela que seria sua primeira gravação de uma ópera completa, enquanto a direção musical fica a cargo de um especialista, o italiano Tullio Serafin (1878-1968).


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