São Paulo, segunda-feira, 13 de março de 2006

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Longa de ficção revê episódio real do presídio

DA REPORTAGEM LOCAL

Três jovens muçulmanos de origem britânica em viagem ao Afeganistão são confundidos com terroristas. O equívoco custa três anos de prisão em Guantánamo.
A partir dessa história real, o diretor inglês Michael Winterbottom dirigiu (com Mat Whitecross) o longa "The Road to Guantanamo" (a estrada para Guantánamo), premiado com o Urso de Prata no Festival de Berlim, no mês passado.
Assim como "Gitmo", "The Road to Guantanamo" incorpora discursos do presidente norte-americano, George W. Bush, em que ele justifica o tratamento dispensado aos prisioneiros.
Outro ponto em comum entre os títulos é a reprovação desses métodos e de seu caráter de exceção. "O filme pretende mostrar como é arbitrário que os EUA construam nada mais que em Cuba uma prisão para tratar os prisioneiros como não poderia fazê-lo em seu próprio território porque as leis o impedem", afirmou Winterbottom em Berlim.
Gandini diz que, quando viu a carta [exibida em "Gitmo"] em que Bush classifica de "combatentes ilegais" os prisioneiros de Guantánamo, para tornar inaplicáveis a eles os princípios da Convenção de Genebra, teve a impressão de "assistir à saga de um imperador que acorda numa manhã e decide mudar as leis do reino".


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