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Longa de ficção revê episódio real do presídio
DA REPORTAGEM LOCAL
Três jovens muçulmanos
de origem britânica em viagem ao Afeganistão são confundidos com terroristas. O
equívoco custa três anos de
prisão em Guantánamo.
A partir dessa história real,
o diretor inglês Michael
Winterbottom dirigiu (com
Mat Whitecross) o longa
"The Road to Guantanamo"
(a estrada para Guantánamo), premiado com o Urso
de Prata no Festival de Berlim, no mês passado.
Assim como "Gitmo",
"The Road to Guantanamo"
incorpora discursos do presidente norte-americano,
George W. Bush, em que ele
justifica o tratamento dispensado aos prisioneiros.
Outro ponto em comum
entre os títulos é a reprovação desses métodos e de seu
caráter de exceção. "O filme
pretende mostrar como é arbitrário que os EUA construam nada mais que em
Cuba uma prisão para tratar
os prisioneiros como não
poderia fazê-lo em seu próprio território porque as leis
o impedem", afirmou Winterbottom em Berlim.
Gandini diz que, quando
viu a carta [exibida em "Gitmo"] em que Bush classifica
de "combatentes ilegais" os
prisioneiros de Guantánamo, para tornar inaplicáveis
a eles os princípios da Convenção de Genebra, teve a
impressão de "assistir à saga
de um imperador que acorda numa manhã e decide
mudar as leis do reino".
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