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Trapalhão garante bilheteria
da Reportagem Local
O bom resultado de "Simão, o
Fantasma Trapalhão" não chega a
ser surpreendente, uma vez que
Renato Aragão detém sete das dez
maiores bilheterias da história do
cinema brasileiro.
Mas, como sublinha Luiz Gleiser,
da Globo Filmes, que produziu
majoritariamente o novo filme, a
produtora "ampliou em quase 10%
o mercado do Renato", o que já é
alguma coisa -ainda que só em
relação ao ano passado.
Mais importante, talvez, é que "O
Noviço Rebelde" atingiu 1,5 milhão de espectadores em 98 sem ter
concorrentes com o poder de fogo,
por exemplo, de "Vida de Inseto".
E "Simão, o Fantasma Trapalhão",
afinal de contas, já é a maior bilheteria do cinema brasileiro desde a
recuperação, em 95.
Está à frente, por exemplo, de
"Central do Brasil", que estreou
em abril do ano passado, cumpriu
longa temporada e voltou ao cartaz, mas ainda não conseguiu passar de 1,4 milhão de espectadores.
Também está à frente de "Carlota
Joaquina" (1,2 milhão) e de "O
Quatrilho" (1,1 milhão)
Os números de Renato Aragão
em 98 e 99 seguem muito distantes,
por outro lado, de seus melhores
desempenhos, entre os 39 filmes
que já protagonizou.
Apenas dez anos atrás, "O Casamento dos Trapalhões" alcançava
4,7 milhões de espectadores. Vinte
e um anos atrás, "Os Trapalhões
nas Minas do Rei Salomão" bateu
em 5,78 milhões -a terceira
maior bilheteria de um filme brasileiro, na história.
Entre os motivos para números
tão superiores, além da descontinuidade da produção de cinema
no Brasil no início desta década,
menciona-se geralmente o preço
da ingresso, que não passaria de
US$ 2, há 20 anos.
"Você não pode comparar a década de 70 com o que acontece hoje por causa dessa diferença fundamental que é o ingresso", diz Paulo
Sérgio Almeida, diretor da Filme
B. "É muito mais caro, mesmo com
a desvalorização do dólar. E não é
só isso. Nós vivemos uma decadência de salas de cinema desde
então. Só agora é que estão surgindo novas salas."
(NS)
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