THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL

Posicionado como um dos jovens autores/estrelas da literatura pop britânica dos anos 90, ao lado de Nick Hornby, Irvine Welsh e Will Self, Alex Garland hoje tem seu nome muito mais visto nas telas de cinema do que nas prateleiras de livrarias.
Este "Sunshine" confirma Garland, 36, como o roteirista predileto de Danny Boyle.
Seu primeiro livro é, até hoje, seu mais conhecido. "A Praia", lançado em 1996 na Europa (no Brasil, editado pela Rocco), traz tintas autobiográficas: como o autor, o personagem do livro é um mochileiro em viagem à Tailândia que descobre, em meio a pontuais alucinações, uma praia paradisíaca escondida do mundo, habitada por uma comunidade riponga.
O livro virou filme em 2000. Dirigido por Boyle e com Leonardo DiCaprio no papel principal, recebeu críticas mistas.
"O Tesseracto", segundo livro, veio em 1999 e também foi transportado para o cinema.
Após hiato de cinco anos, Garland aparecia com "Coma", em que um homem, após acordar de um coma, embaralha sentidos entre realidade e sonho. Enxuta, a história ocupou palcos teatrais na Inglaterra.
A parceria do roteirista Garland com o cineasta Boyle prosseguiu com "Extermínio" (02), suspense-terror-ficção científica sobre uma Londres dizimada por um vírus que transforma seres humanos em zumbis. A dupla planeja uma seqüência.
E ainda, no que talvez seja o projeto mais ambicioso, Garland será creditado como roteirista de "Halo", adaptação para o cinema de um dos mais bem-sucedidos games da história.
Lançado em 2001, "Halo: Combat Evolved" tornou-se o carro-chefe do console Xbox, da Microsoft, com mais de 5 milhões de unidades vendidas -só perde para... "Halo 2".
"Halo" seria produzido por Peter Jackson ("King Kong"), mas, devido a desentendimentos com a Microsoft, ele pulou fora do projeto.


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