São Paulo, domingo, 13 de abril de 2008

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Brasileiros reinventam personagens e exaltam destreza do inventor francês

DA REPORTAGEM LOCAL

As imagens que ilustram as laterais desta página são assinadas por oito desenhistas da Folha, convidados a reinventar os personagens de Albert Uderzo. Para eles, o apuro técnico dos traços do francês, casado ao humor fino de René Goscinny, explica por que o culto ao personagem se estendeu para além dos limites de sua aldeia gaulesa natal.
"Uderzo tem um controle da qualidade de linha e de colorido que é maravilhoso. Faz um cartum, mas tem uma base muito sólida de desenho, noções claras de anatomia e perspectiva", observa o ilustrador Fernando Carvall, de cuja pena saiu um "logotipo" do personagem. "Não ia me aventurar a fazer um outro Asterix, né?"
O quadrinista Caco Galhardo, que trouxe o mirrado gaulês e Obelix para o universo de beldades gigantes de seu Chico Bacon ("traçariam vários javalis juntos"), ressalta o alcance universal das histórias e imagina uma encarnação tupiniquim da dupla: "Seriam índios combatendo os "portugas" e tirando uma onda com eles".
O ilustrador Orlando Pedroso também vê na facilidade de identificação com as tramas a chave do sucesso de Asterix. "Aquela aldeia pode ser nosso bairro, cidade: inimigos, conflitos e alegrias têm a ver conosco. Toda a ambientação nos coloca em contato com aquele mundo", diz ele, que chama as criações de Uderzo de "achados".
Orlando e Carvall apontam, nos quadrinhos brasileiros, um "primo" do gaulês marrento. ""A Turma do Pererê" [de Ziraldo] tem um pouco da picardia do Asterix", diz o segundo.
(LUCAS NEVES)


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