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Crítica
Spike Lee explora radicalidade de líder negro
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
A eleição de Barack Obama
para presidente dos Estados
Unidos, o primeiro presidente
negro da história, de certo modo coloca Malcolm X no lado
errado da história.
O lado certo era o de Martin
Luther King, espécie de Ghandi
norte-americano, que acreditava nas virtudes do pacifismo.
Malcolm, ao contrário, era
um radical. Assim, em todo caso, ele é mostrado em "Malcolm X" (Cinemax Prime,
12h15; 12 anos), drama de 1992
com direção de Spike Lee.
Nessa visão, Malcolm seria
tão radical em sua honestidade
e na condução dos negócios religiosos (era um muçulmano
negro) que isso o levou a conflitos inclusive com seus próprios
mentores, coniventes com certas tramoias.
O tempo, hoje, não é dos malditos. Eles tendem a permanecer como tais e a serem devidamente esquecidos (ou congelados para sempre).
Ocorre que a interpretação
de Denzel Washington supera
qualquer reserva que se possa
ter a respeito do personagem: é
o caso de dois carismas que se
completam.
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