São Paulo, terça-feira, 13 de abril de 2010

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Crítica

Spike Lee explora radicalidade de líder negro

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

A eleição de Barack Obama para presidente dos Estados Unidos, o primeiro presidente negro da história, de certo modo coloca Malcolm X no lado errado da história.
O lado certo era o de Martin Luther King, espécie de Ghandi norte-americano, que acreditava nas virtudes do pacifismo.
Malcolm, ao contrário, era um radical. Assim, em todo caso, ele é mostrado em "Malcolm X" (Cinemax Prime, 12h15; 12 anos), drama de 1992 com direção de Spike Lee.
Nessa visão, Malcolm seria tão radical em sua honestidade e na condução dos negócios religiosos (era um muçulmano negro) que isso o levou a conflitos inclusive com seus próprios mentores, coniventes com certas tramoias.
O tempo, hoje, não é dos malditos. Eles tendem a permanecer como tais e a serem devidamente esquecidos (ou congelados para sempre).
Ocorre que a interpretação de Denzel Washington supera qualquer reserva que se possa ter a respeito do personagem: é o caso de dois carismas que se completam.


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