São Paulo, quarta-feira, 13 de abril de 2011 |
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CRÍTICA DRAMA "Lúcio Flávio" faz elogio da vida marginal em plena ditadura INÁCIO ARAUJO CRÍTICO DA FOLHA O que mais importa nos filmes baseados em fatos reais é sua irrealidade. Tomemos "Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia" (Canal Brasil, 22h, 12 anos). O filme de Hector Babenco é, mais que um relato da trajetória do marginal, o elogio da marginalidade num momento específico da vida nacional. Isto é, os anos 1970, o governo militar: o bandido é o herói, a polícia é o vilão. Não que certas coisas tenham mudado: o tratamento dado aos pobres pela polícia e pela Justiça é bem diverso do que se dá aos ricos. Mas a visão do momento implicava o engajamento do espectador, jovem sobretudo, da classe média, no combate à ditadura. O filme respondia a esse desejo. Daí ao êxito era um pulo. Texto Anterior: Melhor do dia Próximo Texto: Programação de TV Índice | Comunicar Erros |
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