São Paulo, quarta-feira, 13 de abril de 2011

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TV Brasil abastece 72% das emissoras públicas nacionais

Índice de distribuição de programação em junho de 2009 era de 55%

DE SÃO PAULO

À medida que foi se tornando mais fraca a programação da TV Cultura, foram ganhando mais espaço, na rede nacional de emissoras públicas, os programas da EBC (Empresa Brasil de Comunicação), ligada ao governo federal.
Nascida da fusão entre a TVE do Rio e a Radiobrás, estatal federal, a empresa mantém a TV Brasil, que deu início a suas transmissões em dezembro de 2007.
À altura, a chamada rede pública, que tem emissoras espalhadas por todo o Brasil, retransmitia, sobretudo, programas da TV Cultura.
De acordo com dados aos quais a Folha teve acesso, em junho de 2009, a programação da TV Brasil já abastecia 55% das emissoras públicas nacionais. Em dezembro do ano passado, esse índice tinha alcançado 72%.
Procurado para comentar os dados, o presidente da Fundação Padre Anchieta, João Sayad, enviou, por escrito, a seguinte resposta.
"O polo de interesse maior da Cultura é o Estado de São Paulo e, nesse sentido, a cobertura é bastante eficiente", escreveu. "Mas como contamos com uma programação diversificada, com atrações de qualidade, estamos convencidos de que será possível conquistar novos espaços em outros Estados."

GRADE COMPARTILHADA
Menos indireta, Tereza Cruvinel, diretora-presidente da EBC, atribui a ultrapassagem numérica da TV Brasil a um posicionamento adotado pela própria Cultura.
"Há cerca de dois anos, numa reunião da Abepec [associação de todas as emissoras educativas estaduais], em Belém, a Cultura disse que, com a criação da TV Brasil, iria redefinir seu papel e que passaria a cobrar pela programação, deixaria de dar os programas gratuitamente para a rede", relata.
Nesse mesmo encontro, a TV Brasil apresentou sua política de rede. A proposta da nova emissora era compor uma grade que unisse seus programas àqueles produzidos pelas TVs locais.
Uma das regras da rede da TV Brasil é que cada emissora estadual, mesmo que adquira os produtos nacionais, preserve, pelo menos, quatro horas de programação local.
"Começamos também a fazer coproduções com as emissoras regionais", explica Cruvinel. Exemplo disso é a animação "Bangogalango", feita pela TV Minas -Estado administrado pelo PSDB- e exibido por toda a rede federal.
A TV Brasil tem, hoje, contratos firmados com 22 Estados. Com outras três emissoras, a TV do Rio Grande do Sul, que só retransmitia a TV Cultura, incluída, está em negociações. (APS)


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