São Paulo, quarta-feira, 13 de abril de 2011

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Strokes ainda quer soar despretensioso, diz guitarrista

Dez anos depois de estourar como promessa, banda tem de lidar com a pressão de ser uma das mais influentes da última década

DE SÃO PAULO

Janeiro de 2001. O quinteto nova-iorquino The Strokes lança um EP intitulado "The Modern Age" e provoca uma verdadeira guerra de "quem dá mais?" nas gravadoras.
Dez anos depois -cinco só de hiato-, o guitarrista Albert Hammond Jr. diz que esse tempo foi fundamental para que a banda conseguisse esquecer as pressões por que passou e encontrasse forças para gravar um novo álbum.
"O tempo nos ajudou a ter um novo olhar e colocar as coisas sob perspectiva", disse Hammond Jr. em entrevista à Folha um dia após o lançamento de "Angles", o quarto disco da banda e sucessor de "First Impressions of Earth" (2006).
Houve até quem duvidasse do retorno da banda, já que, durante o hiato, quatro de seus integrantes se lançaram em projetos solo. Embora várias faixas do disco tragam elementos nunca antes explorados pela banda, Hammond Jr. nega que os projetos solo influenciaram "Angles".
Dias antes de o guitarrista falar com a Folha, o site da revista "Spin" publicou uma entrevista em que ele falava sobre como o seu vício em drogas atrapalhou a gravação do álbum.
"Era uma questão de vida ou morte. Eu precisava fazer algo por mim. Se eles quisessem gravar sem mim, não teria problema, mas, se esperamos tanto tempo, qual seria a diferença em esperar um pouco mais?", explicou, por telefone.
Se por um lado a pressão aumentou, Hammond Jr. deixa claro que a banda quer continuar com a mesma despretensão com que surgiram ainda quando eram apenas garotos riquinhos de Nova York. No ano passado, a banda fez seu primeiro show em quatro anos em um pequeno clube londrino, sob o nome Venison.
"Era uma piada. Tínhamos a ideia de fazer o show sob um nome diferente, já que muita gente ia querer ver nosso primeiro show em anos e isso ia causar um tumulto. Alguém falou Venison e achamos hilário."
A mesma despretensão vale para um novo álbum, embora Casablancas e Valensi já tenham dito em entrevistas que a banda está trabalhando em novas músicas.
"Temos material que não entrou nesse disco. Vamos começar a trabalhar em algumas faixas novas entre os shows. Mas queremos fazer tudo devagar."
O guitarrista se mostrou confiante com relação a apresentações no Brasil ainda neste ano. "Acho que vamos no final do ano. Houve conversas. Você vai saber antes de mim." (CN)

ANGLES

ARTISTA The Strokes
LANÇAMENTO Sony/BMG
QUANTO R$ 25, em média


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