São Paulo, sexta-feira, 13 de julho de 2007

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Televisão - Crítica

Pirotecnia eclipsa tudo em "Harry Potter"

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

A que respondem os filmes de sucesso? Eis uma questão difícil. Por que, no final do século 20, multidões faziam filas, viam e reviam "Titanic", por exemplo?
E por que, filme após filme (e livro após livro), fãs buscam quase em desespero o novo título de Harry Potter? Existe primeiro, claro, o marketing que nos formata. Mas ele sozinho não sustenta um êxito que se prolonga por vários filmes.
Existe também o desejo infantil de ver e rever a mesma história. E, de certa forma, como bem disse o autor Lima Barreto sobre as novelas, Harry Potter é basicamente sempre a mesma história. Em todo caso, "Harry Potter e a Pedra Filosofal" (TNT, 18h45) é o momento em que somos apresentados à escola de mágicos.
Uma idéia preciosa, já que remete ao que todos nós temos em comum: as experiências escolares de infância e da juventude. Uma idéia machucada, como sempre na era do "blockbuster", pela nuvem de efeitos especiais que tolda todo o restante.


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