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[!]Foco
No Reino Unido, Comissão para Igualdade Racial pede proibição de HQ de Tintim
DA REPORTAGEM LOCAL
A Comissão para Igualdade Racial (CRE) do Reino
Unido pediu ontem às livrarias britânicas que retirassem de suas prateleiras a HQ
"Tintim no Congo", do belga
Hergé (1907-1983), devido
ao seu conteúdo racista.
O livro, publicado originalmente em 1931 -quando
o país africano ainda era uma
colônia belga-, é o segundo
da série de aventuras do repórter Tintim, que foi traduzida para 77 línguas e já vendeu 220 milhões de cópias.
Na história, os congoleses
são retratados com traços
semelhantes ao de macacos
e comportamento idiotizado, além de idolatrar Tintim
e seu cão, Milu, como deuses.
O repórter fictício também
dá uma aula imperialista sobre a geografia da Bélgica para os nativos.
Duas das principais cadeias de livrarias do país, a
Borders e a Waterstones,
atenderam parcialmente ao
pedido, retirando o livro da
seção infantil, mas continuando a vendê-lo sob o argumento de que a escolha cabe ao leitor. A decisão não agradou a CRE, para quem
"o único lugar aceitável para
mostrar o livro é em um museu, com uma grande placa
dizendo "material ultrapassado, totalmente racista'".
A editora do livro no Reino
Unido, Egmont, afirmou que
a obra traz um alerta indicando que a história contém
"estereótipos burgueses e
paternalistas do período retratado, que alguns leitores
podem achar ofensivos".
No Brasil, as histórias de
Tintim estão sendo republicadas pela Companhia das
Letras, que não definiu a data de lançamento de "Tintim
no Congo". É possível encontrar uma edição portuguesa do livro no país.
Com agências internacionais
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