São Paulo, sexta-feira, 13 de julho de 2007

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No Reino Unido, Comissão para Igualdade Racial pede proibição de HQ de Tintim

DA REPORTAGEM LOCAL

A Comissão para Igualdade Racial (CRE) do Reino Unido pediu ontem às livrarias britânicas que retirassem de suas prateleiras a HQ "Tintim no Congo", do belga Hergé (1907-1983), devido ao seu conteúdo racista.
O livro, publicado originalmente em 1931 -quando o país africano ainda era uma colônia belga-, é o segundo da série de aventuras do repórter Tintim, que foi traduzida para 77 línguas e já vendeu 220 milhões de cópias.
Na história, os congoleses são retratados com traços semelhantes ao de macacos e comportamento idiotizado, além de idolatrar Tintim e seu cão, Milu, como deuses. O repórter fictício também dá uma aula imperialista sobre a geografia da Bélgica para os nativos.
Duas das principais cadeias de livrarias do país, a Borders e a Waterstones, atenderam parcialmente ao pedido, retirando o livro da seção infantil, mas continuando a vendê-lo sob o argumento de que a escolha cabe ao leitor. A decisão não agradou a CRE, para quem "o único lugar aceitável para mostrar o livro é em um museu, com uma grande placa dizendo "material ultrapassado, totalmente racista'".
A editora do livro no Reino Unido, Egmont, afirmou que a obra traz um alerta indicando que a história contém "estereótipos burgueses e paternalistas do período retratado, que alguns leitores podem achar ofensivos".
No Brasil, as histórias de Tintim estão sendo republicadas pela Companhia das Letras, que não definiu a data de lançamento de "Tintim no Congo". É possível encontrar uma edição portuguesa do livro no país.


Com agências internacionais


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