DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar da menor área expositiva e do menor número de mostras, entre os mais importantes museus de arte de SP o MAM teve receita quase igual à da Pinacoteca do Estado, em 2007. Enquanto a Pinacoteca recebeu R$ 14,6 milhões, o MAM teve R$ 14 milhões. Isso faz com que ele seja o museu com o m2 mais caro da cidade.
Para efeito de comparação, a reportagem da Folha também usou valores divulgados pelo Museu de Arte de São Paulo (Masp), que comemorou 60 anos em 2007 e obteve receita 44% menor que a do MAM.
Segundo Bertrand Molinari, diretor executivo do MAM, o alto valor se deve à "custosa grade de exposições para a comemoração dos 60 anos do museu". "Como grande parte da arrecadação ocorre no fim do ano, parte do que arrecadamos no final de 2007 vai custear as mostras deste ano", diz.
Embora tenha apenas obras da coleção, o aluguel e a montagem da mostra que será realizada na Oca, em outubro, ainda são apontados como fatores para o aumento das despesas. Sem comemorações, o custo do ano ficaria em torno de R$ 11 milhões, segundo Molinari.
Apesar de ser um museu privado, a maior parte de sua receita vem de dinheiro público: R$ 8,4 milhões pela Lei Rouanet e R$ 1,4 milhão por meio de convênio com o Ministério da Cultura. Já a Pinacoteca recebe R$ 8 milhões do governo do Estado e R$ 4,3 milhões pela Lei Rouanet, valor similar ao do Masp, que recebe R$ 3,5 milhões pela lei. O Masp é o museu de arte mais visitado da cidade, com 624 mil visitantes em 2007.
Inspirado no Museu de Arte Moderna de Nova York, MoMA, o MAM realmente é "pequeno fisicamente", como diz Milú Villela. Enquanto o MAM recebeu 162 mil visitantes em 2007, o MoMA teve, no mesmo período, um público de 2,4 milhões de pessoas. Já a área expositiva do museu nova-iorquino é quase dez vezes maior que a do paulistano, enquanto a receita é superior em mais do que 14 vezes. (FCY)


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