São Paulo, terça-feira, 13 de julho de 2010

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MoMA exibe cinematografia brasileira

Mostra Premiere Brazil! do museu nova-iorquino apresenta 13 longas e quatro curtas com produção brasileira

"Lixo Extraordinário", uma produção inglesa, está no programa, que também inclui Cacá Diegues e Esmir Filho

CRISTINA FIBE
DE NOVA YORK

O MoMA (The Museum of Modern Art), um dos museus mais importantes de Nova York, dá início, nesta quinta-feira, a uma quinzena dedicada ao cinema brasileiro.
Um detalhe: o filme de abertura, "Lixo Extraordinário", é dirigido por uma inglesa. Os outros 12 longas e quatro curtas da oitava edição da Premiere Brazil! têm diretores do país que dá nome ao festival.
Mas "Lixo", de Lucy Walker, premiado no Festival de Sundance e em Berlim no início deste ano, justifica sua presença por ser estrelado por brasileiros, que assinam a coprodução.
O documentário acompanha o projeto de Vik Muniz, artista radicado nos Estados Unidos, com catadores de material reciclável do Jardim Gramacho, no Rio.
Muniz faz dos trabalhadores do lixão parceiros em obras suas, recriando com sucata, em tamanho gigante, fotografias dos personagens escolhidos pelo artista.
A partir de sexta, o MoMA exibirá outros dez longas inéditos em Nova York, com a presença prometida dos diretores para debate com o público após cada sessão.
Entre os filmes que a mostra escolheu para representar a produção brasileira atual estão "É Proibido Fumar", de Anna Muylaert, "Os Famosos e os Duendes da Morte" -melhor longa de ficção no Festival do Rio de 2009-, de Esmir Filho, além de "Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo", de Marcelo Gomes e Karim Aïnouz.
"Lula, o Filho do Brasil", de Fábio Barreto -que se acidentou gravemente no final de 2009 e não poderá comparecer-, encerra o festival no próximo dia 29.
As organizadoras da Premiere Brazil!, Jytte Jensen, do MoMA, e Ilda Santiago, diretora do Festival do Rio, escolheram ainda dois filmes de Cacá Diegues para representar o Cinema Novo, tema da "seleção de clássicos".
Diegues deve viajar a Nova York para apresentar "Xica da Silva" (1976) e "Bye Bye Brasil" (1979), na retrospectiva, e uma empreitada recente: a produção "Cinco Vezes Favela, Agora Por Nós Mesmos", assinada por moradores de cinco favelas do Rio.



JOSÉ SIMÃO
O colunista está em férias


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