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NETVOX
Os anéis da Web
MARIA ERCILIA
do Universo Online
Nunca simpatizei muito com
o verbo "surfar". Nada contra o esporte polinésio, quando
é praticado sobre ondas de verdade. Mas essa história de surfar na Web parece meio forçada.
Só que ainda não achei palavra melhor. Devia ter um verbo
especial só para aquelas horas
perdidas, em que a gente entra
numa página, já engancha em
uma outra, depois pula para
um programa de busca, digita
uma palavra à toa e mergulha
em mais não sei quantos sites.
A maioria das pessoas, quando começa a usar a Internet,
dá essas viajadas. Depois cansa um pouco, descobre uma
meia dúzia de sites que gosta e
passa a visitar sempre. Não dá
para aguentar tanta variedade
o tempo todo.
É como chegar a uma cidade
que nunca vimos, dá vontade
de andar a esmo, absorvendo
tudo. Depois de algum tempo,
achamos nossas rotas e permanecemos nelas. É no espírito de
preservação dessa vagabundagem que apareceram os "Web
rings", ou anéis da Web.
Os anéis são uma evolução
das listas de sites preferidos.
Cria-se um anel sobre um assunto. Nele, os sites vão se
emendando. Você entra por
exemplo num site de quadrinhos japoneses, que leva a outro, que leva a outro...
No WebRing (www.webring.org), site mantido pelos autores da idéia, tem uma coleção
de uns 5.000 deles. É parecido
com o Yahoo. Uma coleção de
coleções. Tem um anel de solteiros. Site atrás de site, de
gente solteira. Pode? Tem de
maluco, tem de "perdedores".
Os anéis não são formados
apenas por sites que apontam
um para o outro. São baseados
num programa que garante
que o anel não vai quebrar, à
medida que os sites que o formam vão mudando.
No WebRing, cada anel tem
uma página inicial, um índice
e uma opção para cair em um
site ao acaso.
Senhor do anel
Cada página envia o visitante ao próximo site, ou a um site
ao acaso. A qualquer momento, você pode voltar para o índice. Assim, você pode ir "folheando" uma série de páginas reunidas pelo mesmo assunto. O anel faz uma coletânea de páginas, uma rede temática dentro da rede.
O "senhor do anel" (ou
"ringmaster") tem um bocado de trabalho. Precisa manter
o anel funcionando, achar sites para integrá-lo e convencê-los a participar.
Os anéis de sites funcionam
melhor quando existe uma comunidade interessada nas páginas. Por exemplo, os anéis de
fãs de seriados, bandas, personagens. Ou de hackers, de surfistas (de verdade).
O primeiro anel se chama
Europa (wombat.doc.ic.ac.uk/europa.html) e
nasceu na Inglaterra, no fim
de 94. Liga páginas ao acaso.
Andar por ele não tem muita
graça. O autor o inventou só
para ver até onde podia ir sem
quebrar o anel. O WebRing
adaptou e melhorou a idéia.
Apple
Acabou o mistério. Steve Jobs
deu uma entrevista para a
"Time" em que revelou que
ele é a pessoa não-identificada
que vendeu 1,5 milhão de ações
da Apple dois meses atrás.
"Eu tinha perdido a esperança", disse ele. Perdeu dinheiro. Enquanto está todo
mundo ocupado em prever o
apocalipse da Apple, suas
ações subiram bastante.
E as vendas do Mac OS8 (novo sistema operacional), lançado em julho, chegaram ao
triplo da estimativa da empresa, provando que o Mac tem
um público fiel. Faltava era
produto.
ATLAS
Um milhão de nomes de sites estão em uso hoje; a Web aberta (páginas que não são protegidas por senhas) tem uns 80 milhões de páginas. O mais surpreendente: só uns 50 sites têm mais de 30 mil páginas.
Essas e outras você acha no Cyber-Atlas (www.cyberatlas.com), a melhor fonte de números e dados para quem lida com Internet. Veja, por exemplo, os salários de quem trabalha na Web nos EUA. E quanto custa fazer um site lá. É mais caro do que você pensa...
CANAL
Uma das primeiras publicações brasileiras a abrir um site na Web, a Pay-TV (www.paytv.com.br/) é o canal certo para quem quer acompanhar o mercado de TV paga e telecomunicações no Brasil.
O site é bilíngue. Tem um noticiário diário e um clipping das decisões do governo.
Mas o acesso é pago. De graça, você pode consultar pesquisas e estatísticas da Pay-TV e o Tira-Teima, um grande banco de respostas para dúvidas sobre TVs e satélites.
E-mail: netvox@uol.com.br
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