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FILMES
O Novo Pesadelo - O Retorno de
Freddy Krueger
SBT, 22h30.
(Wes Craven's New Nightmare). EUA,
1994, 112 min. Direção: Wes Craven.
Com Robert Englund, Heather
Langenkamp. Craven volta a mexer com
Freddy Krueger, personagem que trouxe
ao mundo e logo depois abandonou.
Freddy virou uma série frouxa e de
sucesso. Voltando a ela, no sétimo
exemplar, Craven cria um magnífico jogo
de espelhos, já que Freddy passa a
ameaçar transferir-se do mundo das
películas para o da vida real.
Três Solteirões e um Bebê
SBT, 3h05.
(Three Men and a Baby). EUA, 1987, 121
min. Direção: Leonard Nimoy. Com Tom
Selleck, Steve Guttenberg, Ted Danson.
Versão norte-americana do francês "Três
Homens e um Bebê", sobre três playboys
que, sem querer, adotam um bebê.
Comédia que transpõe para os EUA, meio
mal e porcamente, sentimentos e
situações muito franceses, sem criar
alguma especificidade. No mais, é um
show de merchandising.
Expresso para o Inferno
Bandeirantes, 1h55.
(Runaway Train). EUA, 1985, 110 min.
Direção: Andrei Konchalovski. Com Jon
Voight, Eric Roberts, Rebecca de Mornay.
Dois presidiários sem sorte conseguem
fugir, mas embarcam em um trem cujo
maquinista sofre um ataque cardíaco e
que, em seguida, se desgoverna.
Konchalovski dirige este thriller com
muita segurança.
(IA)
Hawks toca o velho realejo
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Em "Rio Lobo", a horas
tantas, alguém pergunta a
um músico: "Por que você
não toca outra coisa?". O
músico: "Porque eu não sei
essa música".
O episódio de certa forma
explica muita coisa do cinema de Howard Hawks, em
particular seu gosto pelos
"remakes".
"A Canção Prometida"
(Telecine Classic, 12h05),
por exemplo, é "Bola de Fogo" em ritmo de musical. E
por quê? Porque Hawks
não sabe tocar sua música.
Cada filme é uma tentativa
nova de aproximar-se desse
saber e dominá-lo.
Mas que digo? Estamos
no mundo dos gênios
"prêt-à-porter"... Por que
os melhores não sabem tocar sua música e por que todos os demais sabem? A
propósito: "Terra em
Transe" (Canal Brasil, 17h),
de Glauber Rocha, também
passa hoje.
MÚSICA
Seu Jorge encampa o "new Brazil cool"
SHIN OLIVA SUZUKI
DA REDAÇÃO
O cantor e ator Seu Jorge, como
Gisele Bündchen, mas em menores proporções, ajuda a vender no
exterior a imagem do "new Brazil
cool", o novo Brasil descolado, algo que se estende desde o sucesso
de "Cidade de Deus" lá fora às vitórias do país na Organização
Mundial do Comércio, tudo em
um mesmo pacote.
Alheio à discussão se essa imagem traduz ou não mudanças
aqui dentro, o Mané Galinha do
filme de Fernando Meirelles logo
agregou ao seu posto de garoto-propaganda informal do Brasil o
de garoto-propaganda formal da
moda. É o que possibilitou a realização desse "MTV Apresenta",
exibido hoje, às 20h30, pelo canal
musical, que também inaugura
com este selo um novo produto: o
de apresentações ao vivo comercializadas em DVD, sem se atrelar
ao lançamento de um CD.
O show de Seu Jorge feito em
abril último, no chique hotel Unique de São Paulo, foi bancado por
uma loja de roupas e teve como
mote o relançamento de seu disco
"Samba Esporte Fino", de 2001.
Mostra-se a faceta primeira e
hoje menos exposta do artista carioca, a do cantor do suingue brasileiro, ou simplesmente samba-rock, gênero que parece não sair
de moda desde sua ressurreição
no início desta década. A voz grave de Seu Jorge -sem dúvida sua
mais forte qualidade- passeia
pela black music, pelo partido alto
e por variações.
Trilhando um caminho seguro,
já pavimentado por outros dentro
da ligação samba-funk e soul, Seu
Jorge atinge sua meta, a de fazer
balançar -ao menos o descolado
público do Unique. "Chega no
Suingue", "Carolina" e "Pequinês
e Pitbull" apostam em arranjos e
soluções mais tradicionais entre o
funk e o samba. Faltou incluir a
bizarrice do projeto de covers em
português de David Bowie que o
cantor preparou para o seu primeiro filme internacional, "The
Life Aquatic". Sair do programado também é "cool" -e também
pode vender mais roupas.
MTV APRESENTA SEU JORGE. Quando:
hoje, às 20h30, na MTV.
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