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Terceiro livro aborda
a culinária francesa
Próximo volume da série da Folha sai no dia 20
RACHEL BOTELHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
No próximo domingo, dia 20, chega às bancas o terceiro volume da coleção "Cozinha País a País", dedicado à França.
Composta por 20 livros de capa dura, a série foi publicada originalmente pelo principal jornal espanhol, "El País", e contempla a culinária de países como Japão, Peru, Índia, Espanha e Argentina.
Apesar do crescente prestígio da nova cozinha espanhola
(com o chef catalão Ferran Adrià à frente), a culinária francesa
continua sendo a mais reputada do mundo.
"É uma cozinha elaborada e sofisticada, o que pode parecer
problemático em alguns momentos, mas os critérios rigorosos
e o preparo demorado fazem toda a diferença. E suas bases,
principalmente os caldos, são usadas tanto em pratos clássicos
como nos contemporâneos, tornando a cozinha francesa universal", afirma Marie-France Henry, proprietária do bistrô La
Casserole, localizado no largo do Arouche, no centro de São
Paulo.
O livro começa apresentando os mais renomados ingredientes de cada região da França. Das delicadas ostras, mexilhões,
lagostins e robalos da costa atlântica às ervas aromáticas, ao
azeite e ao alho da Provença, passando por queijos e vinhos,
produtos de mar e de rio, carnes de caça e domésticas, descortina-se um precioso roteiro de iguarias.
As preparações típicas que ganharam o mundo, como o cassoulet e o fígado de vitela, também são mencionadas. Até mesmo o aligot -um delicioso purê de batatas e queijo que o chef
Alex Atala tornou conhecido entre os clientes do D.O.M.- é citado.
"A introdução nos faz navegar pelo país e pela história de sua
gastronomia de forma muito sintética e precisa", define o chef e
editor Alfredo Gonçalves, responsável pelas adaptações da coleção.
As receitas, que vêm em seguida e ocupam a maior parte do livro, são clássicas, em sua maioria conhecidas do público gourmet. Como entrada, as sugestões vão da famosa sopa de cebola
do mercado Les Halles, em Paris, à quiche lorraine, difundida
mundialmente.
No capítulo dedicado aos peixes e frutos do mar, não falta
nem a substanciosa sopa bouillabaisse. Originária da cidade
portuária de Marselha, pode ser feita com até 40 variedades de
peixes, mariscos, camarões e outros frutos do mar.
Carnes
As carnes de pato e de ganso, tão apreciadas pelos franceses,
ganham um capítulo à parte. A terrine de foie gras, o magret
com molho de alho e o confit de ganso aparecem, mas em preparações que não exigem o domínio de grandes técnicas culinárias. Este, aliás, é um segredo bem guardado que a obra revela:
com tempo e determinação do cozinheiro, até os grandes pratos
franceses podem ser reproduzidos em casa.
Dando seqüência às receitas, o espaço dedicado às carnes é
aberto pelo coq au vin, o galo ao vinho da região de Borgonha.
Seguem-se coelho à mostarda, chucrute à alsaciana e outro clássico, o pot au feu -cozido por excelência da cozinha francesa,
não leva legumes, como é o costume, mas carnes bovinas variadas. Por fim, sobremesas como clafoutis (bolinho de cerejas negras), tarte tatin e baba ao rum encerram o livro.
Todas as receitas são precedidas de um parágrafo introdutório e, para facilitar o trabalho dos cozinheiros, vêm acompanhadas de um quadro com informações sobre dificuldade e tempo
de preparo, valor calórico e custo. Um mapa das regiões da
França e um glossário completam a obra.
Depois do volume dedicado à França, a coleção segue com
uma obra sobre a aromática cozinha tailandesa. A cada domingo, um novo livro chega às bancas.
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